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Estado de Minas

Nem Banco Central segura a disparada do d�lar

No esfor�o para conter escalada, BC realiza tr�s leil�es, mas moeda dos EUA renova recorde hist�rico com alta de 2,28%, cotado a R$ 4,146. No ano, valoriza��o passa de 50%


postado em 24/09/2015 06:00 / atualizado em 24/09/2015 07:15

Valor das verdinhas é pressionado pelas incertezas políticas e o risco de novo rebaixamento do país(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Valor das verdinhas � pressionado pelas incertezas pol�ticas e o risco de novo rebaixamento do pa�s (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Bras�lia – O governo esperava ter finalmente um dia de al�vio ontem, mas o mercado recusou-se a seguir esse script. Apesar de o governo ter conseguido que o Congresso Nacional confirmasse vetos presidenciais, evitando forte eleva��o de gastos p�blicos, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,146, novamente um recorde desde o lan�amento do real, em 1994 – na segunda-feira, a divisa j� havia batido a m�xima hist�rica. O problema � que o mais importante dos vetos, o do aumento salarial do Judici�rio, segue sem ser avaliado. E continuam ainda fortes as d�vidas quanto � capacidade de aprovar outras medidas de controle dos gastos p�blicos.


A alta de 2,28% no dia ocorreu mesmo com interven��es do Banco Central. Nos tr�s preg�es desta semana, a valoriza��o do d�lar foi de 4,72%. No ano, acumula 55,87% e em 12 meses, 72,15%. Isso ocorreu apesar de interven��es do Banco Central (BC) no mercado, por meio de dois leil�es de linha e um de swap cambial. Hoje de manh� haver� novo leil�o de swap, no valor de US$ 1 bilh�o. � uma alta que afeta a vida de todas as pessoas, n�o apenas as que v�o viajar, pois h� custos em d�lar embutidos em praticamente todos os produtos do dia a dia, a come�ar pelo p�ozinho, que usa trigo, e a l�mina de barbear.


Foi bem al�m do d�lar o mau humor do mercado ontem. A Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) caiu 2% e os juros futuros dispararam. O risco Brasil medido pelo CBS subiu para 476 pontos, o que representa uma alta de 135% no ano.
Para v�rios analistas, o real est� sofrendo uma ataque especulativo e a moeda norte-americana caminha rapidamente para R$ 5,00. Ap�s o fechamento do mercado, a divisa continuou a ser negociada no chamado after market, atingindo R$ 4,18. “Essa crise � sistem�tica e falta credibilidade fiscal. O d�lar vai ficar est�vel quando acabar as incertezas”, afirmou o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes, chefe da Divis�o Econ�mica da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC).


Na avalia��o de Freitas, ex-diretor do BC, a volatilidade � resultado da falta de confian�a de que o governo consiga a aprova��o do pacote fiscal, o que poder� elevar fortemente a rela��o entre a d�vida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB). Isso faria crescer fortemente as d�vidas quanto � solv�ncia do pa�s.


O BC e o Tesouro Nacional far�o tamb�m uma opera��o conjunta para segurar o valor dos t�tulos p�blicos com juros pr�fixados. Os juros para janeiro de 2019 foram negociados na BM&F a 16,92%, bem acima dos 16,22% da ter�a-feira. At� os juros para 2021 est�o altos: 16,80%, em compara��o com os 16,14% da v�spera.
O derretimento do real nesses �ltimos dias, na avalia��o de da economista Monica Baumgarten de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics e diretora da consultoria Galanto/MBB, em Washington, � reflexo dos problemas internos e n�o externos, como o governo tenta justificar. “Esse �ltimo movimento do d�lar, rompendo a barreira dos R$ 4, mostra claramente que o mercado est� testando o Banco Central para ver at� quanto ele deixa o c�mbio ir”, afirmou.

Reservas Na avalia��o de Monica, o pa�s est� sofrendo um ataque especulativo diferente porque o pa�s tem pouco mais de R$ 370 bilh�es em reservas. “N�o � igual ao que ocorreu na d�cada de 1990, quando o pa�s n�o possu�a reservas e tinha um problema s�rio que era o c�mbio fixo. Agora, o c�mbio � flutuante e o pa�s tem reservas, mas ele precisa tomar cuidado para us�-las”, destacou.


A economista alertou por�m, para o fato de que as reservas tendem a ser insuficientes caso o pa�s opte por segurar a cota��o da moeda norte-americana por meio da venda direta de reservas. “O problema atual do Brasil est� relacionado com a falta de rumo fiscal e pol�tico. Se o BC resolver usar parte das reservas para controlar essa desvaloriza��o do c�mbio, ele vai fracassar. O mercado est� testando o BC at� onde ele pode ir”, alertou.


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