Bras�lia, 24 - O Banco Central concluiu que a volatilidade do c�mbio e o n�vel ainda elevado da infla��o concorrente no Brasil dominam as previs�es inflacion�rias para 2016. Em estudo apresentado no relat�rio trimestral de infla��o, divulgado nesta quinta-feira, 24, o BC resolveu investigar mais a fundo as determinantes das expectativas de infla��o e a in�rcia inflacion�ria.
No resultado do trabalho, o BC identificou que os agentes do mercado atribuem maior peso desses fatores de curto prazo nas suas previs�es de infla��o do que os impactos da pol�tica monet�ria. Isso explica, de acordo com o BC, a maior resist�ncia das expectativas de infla��o para 2016 em cair na dire��o da meta de 4,5%.
J� as expectativas para 2017 e para 2018, que encontravam-se pr�ximas a 5,5% no final de 2014, recuaram para n�veis pr�ximos � meta atual de 4,5%. De acordo o BC, os efeitos do atual ciclo de ajuste da taxa b�sica de juros t�m impacto mais forte na redu��o das expectativas para prazos
mais longos.
O estudo do BC mostrou que a infla��o corrente depende de maneira importante da infla��o passada. Foram encontradas evid�ncias de que as previs�es dos agentes para prazos mais curtos s�o fortemente dependentes de desenvolvimentos recentes, principalmente na infla��o e na taxa de c�mbio. No caso das expectativas para prazos mais longos, ganham import�ncia a postura da pol�tica monet�ria e a meta de infla��o. "Esses resultados podem ajudar a explicar por que as expectativas de infla��o para 2017 e para 2018 indicam maior converg�ncia para a meta, enquanto as expectativas para 2016 mostram certa resist�ncia", insiste o BC no boxe.
Enquanto a persist�ncia contribui para sua resist�ncia da infla��o, o estudo mostrou que a rea��o �s surpresas inflacion�rias pode potencializar o processo de converg�ncia da infla��o � meta de 4,5%, � medida em que os efeitos cumulativos dos aumentos de juros tenham impacto sobre a infla��o.