S�o Paulo, 24 - As ag�ncias de turismo est�o ajustando suas ofertas para fazer a viagem de f�rias caber no bolso do consumidor. Em meio a alta do d�lar, as empresas colocaram na prateleira mais op��es para destinos nacionais, est�o oferecendo c�mbio fixo para os destinos no exterior e lan�aram cruzeiros mais curtos e baratos. Os chamados pacotes "all inclusive", com hospedagem, alimenta��o, refei��es e lazer inclu�dos, s�o outro chamariz para um cliente com receio de gastar e que n�o quer sustos no cart�o de cr�dito.
Ao ver a demanda esfriar, as ag�ncias correram para renegociar pre�os com fornecedores e tentar oferecer op��es mais atraentes para os clientes. Empresas como CVC, TAM Viagens e Hotel Urbano disseram ao jornal O Estado de S. Paulo que conseguiram bons descontos com as companhias a�reas, hot�is e navios de cruzeiro, aproveitando um interesse das empresas em aumentar suas taxas de ocupa��o em meio ao cen�rio de crise.
"Mas mesmo com os descontos, o cliente tem receio do que vai gastar durante a viagem, especialmente em d�lar. Isso tornou os pacotes 'all inclusive' mais atrativos", disse o gerente de produtos internacionais da TAM Viagens, Arthur Sorelli.
Hoje os pacotes com refei��o e lazer inclu�dos, como cruzeiros e resorts, representam 25% das vendas da ag�ncia, n�mero que a empresa estima que ser� maior em 2015. A TAM Viagens disse que as vendas de op��es "all inclusive" para destinos internacionais aumentaram 45% no primeiro semestre, mais do que a expans�o de 8% nas vendas da empresa "Os cruzeiros no exterior s�o at� 20% mais baratos que uma op��o similar com hospedagem terrestre e n�o t�m risco cambial", disse.
A CVC tamb�m sentiu um interesse maior do cliente pelos pacotes "all inclusive". "Uma cerveja no exterior que custa US$ 10, j� virou mais de R$ 40. Ningu�m quer se estressar com isso nas f�rias. O cliente quer deixar tudo pago e curtir a viagem", disse o vice-presidente de vendas, produtos e marketing, Valter Patriani.
Para ajustar sua oferta ao novo padr�o de consumo, a CVC criou op��es com viagens mais curtas e mais baratas. "O brasileiro pegou gosto pelas f�rias e n�o vai abrir m�o de viajar. O que temos que fazer � colocar as f�rias no bolso dele", disse o vice-presidente de vendas, produtos e marketing, Valter Patriani. No primeiro semestre, a CVC reduziu em 7% o valor do seu ticket m�dio, mas o volume de reservas aumentou 14%.
Cruzeiros
Uma novidade dessa temporada s�o os mini cruzeiros, viagens de navio com dura��o de tr�s ou quatro dias, menos do que o per�odo usual - de sete a dez dias. A CVC estima que metade das vendas de cruzeiros ser� nessa modalidade.
S� a MSC Cruzeiros, l�der no mercado brasileiro, ter� quatro navios no Brasil durante a temporada de ver�o, que come�a em novembro, um a mais do que em 2014. Mesmo nos passeios pela costa brasileira, o produto tradicionalmente � cotado em d�lar, algo que assusta o consumidor neste momento.
Para conseguir fechar as vendas, a MSC est� oferecendo pre�o com d�lar fixo, a R$ 2,99. "Funciona como um desconto usual que concedemos quando lan�amos uma promo��o, mas o d�lar fixo � hoje uma grande atrativo comercial", disse o diretor de vendas e marketing da MSC Cruzeiros, Adrian Ursille.
Por tr�s das promo��es, est� o desejo da empresa de cruzeiros de fazer o cliente fechar o neg�cio e garantir uma ocupa��o m�nima para seus navios. A tend�ncia � que as promo��es se concentrem at� meados de outubro, segundo as ag�ncias de viagem. Depois disso, os pre�os devem come�ar a se ajusta. "A preocupa��o agora � garantir a ocupa��o dos navios. Mas, no futuro, os pre�os devem absorver o novo patamar de custos (em d�lar)", disse Ursille.
F�rias nacionais
Em meio a alta do d�lar, a ag�ncia de viagens virtual Hotel Urbano quadruplicou sua oferta de pacotes nacionais neste ano. "Tivemos de ser criativos e buscar destinos nacionais que n�o eram bem trabalhados", disse o CEO do Hotel Urbano, Jos� Eduardo Mendes. A empresa sentiu alta de 45% nas vendas de pacotes nacionais e queda de 18% nos internacionais no primeiro semestre.
Em m�dia, as vendas de pacotes internacionais ca�ram 10% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado, e as de op��es nacionais ficaram est�veis, afirmou o vice-presidente de Rela��es Internacionais da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav), Leonel Rossi Junior. A proje��o da associa��o para o segundo semestre de 2015 � de queda da mesma ordem no segmento internacional e alta de 5% no nacional. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.