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Estado de Minas

Tombini diz que Pa�s passa por 3 ajustes importantes: externo, fiscal e monet�rio


postado em 24/09/2015 12:07

Bras�lia, 24 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, enfatizou nesta quinta-feira, 24, a boa rea��o do setor externo � nova realidade econ�mica do Pa�s. De acordo com ele, o Brasil passa hoje por tr�s ajustes importantes no campo da economia e finan�as: o do setor externo, o monet�rio e o fiscal.

"Na �rea externa, o ajuste vem se processando � velocidade superior a que todos esperavam inicialmente. Se eu pudesse resumir essa parte de tr�s ajustes, temos este ano de 2015 uma previs�o para o d�ficit em conta corrente US$ 40 milh�es inferior ao de 2014, o que � bom", afirmou, durante apresenta��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o. O BC revisou de US$ 81 bilh�es para US$ 65 bilh�es sua estimativa para o rombo externo de 2015.

Segundo o presidente, esse movimento � resultado de uma economia que est� em contra��o, mas tamb�m do ajuste de pre�os relativos que tem ocorrido no Brasil , o que reduz a necessidade de financiamento do pa�s em 2015. "Esta nova proje��o para o conta corrente representa cerca de 3,7% do PIB, o que n�o deixa de ser uma boa not�cia, pois requer menos recursos vindos de fora", comentou.

Outro lado de impacto do setor externo � o processo de substitui��o de importa��es e isso se reflete na contribui��o das exporta��es l�quidas no PIB deste ano. "Pela primeira vez desde 2005, � a primeira vez que acontece", voltou a enfatizar. "Esse ajuste externo � muito importante que se processe nesse per�odo", continuou.

Aperto e reancoragem

Tombini afirmou que o BC apertou as condi��es monet�rias ao longo dos �ltimos dois anos e meio. Segundo ele, o Brasil tem um processo que vem de algum tempo de reancoragem das expectativas de infla��o no longo prazo e tamb�m no m�dio prazo. "Parte desse ajuste � o realinhamento dos pre�os administrados, que crescem mais de 15% este ano. Isso, junto com valoriza��o do d�lar nos �ltimos 12 meses, tem pressionado a infla��o no curto prazo e vimos a expectativa para 2015 subindo a despeito da estabilidade para 2016", disse.

Segundo ele, os agentes de mercado esperam uma desinfla��o da economia brasileira, algo entre 3,5 e 4 pontos porcentuais em IPCA entre 2015 e 2016. "Esse processo tem evolu�do, temos tido resultados importantes de circunscrever o m�ximo poss�vel os feito de curto prazo para horizontes de mais longo prazo", afirmou.

Ajuste fiscal

O presidente do Banco Central destacou que o ajuste fiscal vem ocorrendo, uma parte via pre�os administrados, que requerem menos aportes para segmentos espec�ficos. Ele afirmou ainda que o governo tem tido esfor�os no sentido de conten��o de despesas e de busca de novas receitas. "N�o vou me alongar nessa parte do ajuste, mas posso dizer que as expectativas dos tr�s ajustes indicam que eles t�m se processado em velocidade inferior do que se inicialmente estimava", afirmou.

Tombini disse ainda que esse processo tem tido repercuss�es sobre vari�veis financeiras e sobre os pr�mios de risco da economia. "Isso tem contribuindo para deprecia��o mais forte do real, de um lado acelerando ajuste externo e de outro reduzindo a revis�o para baixo das expectativas de infla��o", afirmou. Segundo ele, esses ajustes fazem parte do reequil�brio da economia brasileira e l� na frente vai contribuir bastante para o crescimento sustent�vel.

Ambiente internacional

O presidente do BC comentou que h� hoje um ambiente internacional de transi��o. Ele lembrou da economia chinesa, que tem mudado do modelo exportador, calcado no setor manufatureiro, para um modelo onde o consumo interno � maior. "Esperamos peso maior no setor de servi�os. Esse ajuste tem ocorrido e � sujeito a volatilidade ao longo do processo. Temos nossa vis�o de que a China tem todos os instrumentos para fazer essa transi��o o mais suave poss�vel", afirmou.

Tombini tamb�m disse que tem a perspectiva de que a nova fase de normaliza��o da economia dos EUA comece em breve. "� importante que isso se d� com comunica��o mais clara poss�vel, de maneira a reduzir o n�vel de ansiedade e volatilidade nos mercados internacionais", avaliou.


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