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Estado de Minas

Corrigido pela infla��o, d�lar est� longe do pico de 2002


postado em 26/09/2015 08:49

S�o Paulo, 26 - � primeira vista, a cota��o do d�lar bateu nesta semana o recorde desde a cria��o do real, em 1994. Mas quando se atualiza os valores, levando em conta a corre��o pela infla��o, o d�lar est� longe de superar o patamar de 2002, quando o mercado financeiro reagiu com nervosismo � elei��o de Luiz In�cio Lula da Silva � Presid�ncia.

Para atualizar os valores, � preciso levar em conta a infla��o brasileira e a dos EUA. Por essa conta, o d�lar teria de valer cerca de R$ 6,88 hoje para ser compar�vel com o valor de outubro de 2002. Na pr�tica, isso indica que a press�o no c�mbio l� atr�s era muito maior.

Em 10 de outubro de 2002, o d�lar atingiu a cota��o nominal (sem o desconto da infla��o) de R$ 3,99. Foi o auge das preocupa��es com a chegada de Lula ao Planalto. Muitos investidores tiravam recursos do Pa�s com medo de uma guinada na pol�tica econ�mica. Esse valor, se fosse atualizado com base no IPCA (infla��o oficial do Brasil) e do CPI (�ndice de pre�os americano), seria hoje de R$ 6,88. Se for considerado o IGP-M (�ndice de infla��o calculado pela FGV) e o CPI, o valor nominal hoje teria de ser o equivalente a R$ 7,46. Na quinta-feira, o d�lar nominal chegou aos R$ 4,2480 durante o dia.

Menor press�o

O c�lculo foi feito pelo economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos, para quem a press�o atualmente no c�mbio � menor. �Hoje, o Pa�s tem reservas internacionais, naquela �poca n�o tinha. Al�m disso, o Lula era uma inc�gnita, enquanto hoje voc� sabe quais s�o os problemas�, comparou. �H� uma dor de cabe�a? Sem d�vida. Mas todos sabem os motivos.�

As reservas internacionais em 2002 giravam em torno de US$ 37 bilh�es, enquanto hoje est�o na casa dos US$ 370 bilh�es - dez vezes o valor do per�odo pr�-Lula.

Cabral lembra que, no fim de 2002, o mercado de juros chegou a ficar um dia praticamente parado, ao travar as opera��es logo no in�cio da sess�o, com a disparada das taxas futuras. Na quinta-feira, houve travamento em diferentes momentos, mas por per�odos mais curtos.

Crise assustadora

O superintendente regional de c�mbio da SLW Corretora, Jo�o Paulo de Gracia Correa, lembra do p�nico que nas mesas de opera��o em 2002. Segundo ele, o estresse foi causado pelo medo do desconhecido. E apesar de o d�lar ter atingido patamares mais elevados naquele momento, ele defende que a crise atual � �at� mais assustadora�.

�Isso porque o pessoal que tinha mais esclarecimento em 2002 sabia que havia um exagero, que n�o fazia tanto sentido ter tanto medo do PT. Tanto � que, antes da posse e depois dela, o mercado foi se acomodando�, disse. �Hoje � diferente. H� p�nico porque voc� n�o sabe se a Dilma terminar� o mandato ou n�o, se ter� apoio no Congresso ou n�o.�

O diretor de c�mbio da Fourtrade, Luiz Carlos Baldan, afirma que as cota��es reais mostram que 2002 teve maior estresse. S� que o mundo era outro. A economia estava mais aquecida e havia giro, neg�cios entre exportadores e importadores. Em alguns dias o giro de opera��es somava US$ 4 bilh�es, US$ 5 bilh�es.�. �Hoje est� muito parado. Os EUA est�o se recuperando, a China desacelera. E os neg�cios no Brasil, sem considerar o interbanc�rio, somam cerca de US$ 1 bilh�o. � uma situa��o pior.� As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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