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Estado de Minas

Forma��o tecnol�gica nas universidades brasileiras � menor que na �rea de humanas

Pesquisa mostra que enquanto em pa�ses como China e �ndia a maioria dos universit�rios est� em cursos com forma��o tecnol�gica, no Brasil prevalece a gradua��o na �rea de humanas


postado em 28/09/2015 06:00 / atualizado em 28/09/2015 07:36

Estudantes assistem à aula no curso de engenharia da UFMG: apenas 10% dos graduados no país estão na área de exatas(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Estudantes assistem � aula no curso de engenharia da UFMG: apenas 10% dos graduados no pa�s est�o na �rea de exatas (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Bras�lia - O n�mero de jovens com forma��o superior vai mais que dobrar nos pr�ximos 15 anos, movimento que tem como principais protagonistas os pa�ses em desenvolvimento. � o que mostra estudo feito pela Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), conhecido como grupo dos pa�ses ricos. De acordo com a pesquisa, o n�mero de jovens de 24 a 35 anos com n�vel superior no G20 – grupo formado pelas 20 economias mais desenvolvidas do mundo, do qual o Brasil faz parte – vai chegar a 300 milh�es, mais que o dobro dos 137 milh�es calculados em 2013. A participa��o dos pa�ses em desenvolvimento, que, em 2005, era de 40%, corresponder� a 70% dessa for�a de trabalho em 2030.

No Brasil, a participa��o vai passar de 4% para 5%, o que representa quase o triplo do n�mero de jovens formados (de 5,48 milh�es vai para 15 milh�es). Mas, diferentemente dos pa�ses que mais crescem nesse sentido – China e �ndia, que, sozinhos, responder�o pela metade dos jovens formados em 2030 –, o processo no Brasil � desequilibrado. Segundo a OCDE, 75% dos diplomas emitidos no pa�s ainda s�o da �rea de humanas, enquanto apenas 10% s�o de cursos de exatas. Ou seja, o pa�s n�o tem priorizado forma��es relacionadas a tecnologias, como engenharia, que, em um contexto de globaliza��o, s�o cada vez mais importantes.


Para o professor Luciano Mendes da faculdade de Educa��o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), essa despropor��o � cultural e reflete a heran�a “bacharelista” do pa�s. Por dar mais status social, os cursos de humanas, em especial o de direito, s�o historicamente mais valorizados pelos brasileiros. Como consequ�ncia, o investimento nos outros cursos era pouco expressivo at� poucas d�cadas atr�s.

Realidade que continua preocupante nos dias de hoje. Os tr�s cursos superiores mais procurados em 2013 foram na �rea de humanas: administra��o, direito e pedagogia, de acordo com o Censo do Ensino Superior, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep). O �ltimo pode ser explicado pela necessidade crescente de professores, o que incentiva a abertura de vagas. “� uma configura��o da pr�pria sociedade brasileira, que demanda profissionais nas �reas de humanas. Em pa�ses onde tem menos concentra��o de jovens, h� menos necessidade de professores, por exemplo. � o caso de muitos pa�ses europeus”, exemplifica. Por isso, nesses pa�ses, a tend�ncia � que haja menos oferta na �rea de humanas, enquanto nos pa�ses com maior n�mero de jovens, como o Brasil e os Estados Unidos, a demanda � maior.

Segundo a OCDE, at� 2030, tr�s quartos dos diplomas de exatas ser�o dos pa�ses do Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul). A Europa e os EUA ficar�o com 8% e 4%, respectivamente. Na contram�o dessa tend�ncia, o Brasil n�o deve contribuir tanto quanto a China e a �ndia.

Inova��o

O Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) assinou na semana passada acordo para facilitar as parcerias com a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, formada por 67 institutos de inova��o. Agora, os pesquisadores dos 15 institutos Senai de inova��o operacionais, ou seja, que t�m projetos contratados com a ind�stria nacional, podem acessar, de forma r�pida, as inova��es produzidas pelos institutos Fraunhofer, principalmente em tecnologias que n�o est�o dispon�veis no Brasil. Uma das �reas em que os pa�ses podem atuar de forma conjunta � a de manufatura aditiva – tecnologia de ponta que usa impressoras 3D para fabricar pe�as em camadas. As impressoras 3D podem imprimir, por exemplo, pe�as para m�quinas industriais feitas de pl�stico ou de metais. A tecnologia abre a possibilidade de o Brasil desenvolver produtos em parceria com o setor aeron�utico.


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