A deteriora��o no mercado de trabalho � a principal raz�o por tr�s do pessimismo das fam�lias brasileiras em rela��o � sua capacidade de quitar d�vidas em atraso, afirmou nesta quarta-feira a economista Marianne Hanson, da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC). Com o cr�dito mais caro e muitas pessoas perdendo o emprego, nem o 13º sal�rio ser� suficiente para trazer al�vio ao n�vel de endividamento dos consumidores, algo costumeiro em anos anteriores.
"No fim de 2014, tivemos redu��o do endividamento, mas este ano n�o deve ter um movimento t�o forte, pois a conjuntura n�o est� favor�vel. O desemprego tem um peso negativo, e as fam�lias n�o devem se livrar das d�vidas t�o rapidamente", avaliou Marianne.
At� o ano passado, a inadimpl�ncia marcou recordes de baixa. O problema agora � que sua eleva��o pode encarecer ainda mais o cr�dito, j� mais restrito por conta do aumento dos juros. "Os bancos veem risco maior (de n�o pagamento) na concess�o de cr�dito e por isso cobram mais juros", explicou a economista.
Quem puxa o aumento nas contas em atraso s�o justamente as fam�lias com renda mensal at� dez sal�rios m�nimos. Entre elas, 10,2% n�o t�m condi��es de pagar as d�vidas j� vencidas. "Elas s�o as mais afetadas, pois t�m menos renda para acomodar os gastos. Al�m disso, a infla��o diminui a renda dispon�vel", disse Marianne. Nas fam�lias com renda superior a isso, o indicador est� est�vel em 2,7%.