Bras�lia, 01 - O desaquecimento da economia � o principal respons�vel pela forte queda nas importa��es do Pa�s, o que se refletiu sobre o resultado da balan�a comercial de setembro, que registrou super�vit de US$ 2,944 bilh�es, o melhor n�mero para o m�s desde 2011. A avalia��o � do diretor de Estat�stica e Apoio � Exporta��o do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Herlon Brand�o. A queda nos importados foi de 32,7% em compara��o a setembro de 2014.
De acordo com o diretor, ainda � cedo para definir de forma clara qual o impacto da alta do d�lar na balan�a comercial. Ele ressaltou, entretanto, que a varia��o do c�mbio observada nos �ltimos meses encarece a importa��o. "A tend�ncia � diminuir", disse.
Brand�o estima que � poss�vel que o saldo comercial brasileiro chegue a US$ 15 bilh�es de super�vit em 2015. A �ltima estimativa do governo era que o ano fecharia com saldo positivo de US$ 12 bilh�es.
Sobre o resultado de janeiro a setembro, o diretor ressaltou que o super�vit foi ampliado significativamente em rela��o em 2014, quando o resultado estava negativo em US$ 742 milh�es no per�odo. Segundo ele, de janeiro a setembro, houve um grande aumento na quantidade de produtos exportados pelo Pa�s (7,2%), ao mesmo tempo que a queda nos pre�os dos produtos embarcados foi mais expressiva (-21,6%).
A maior parte do saldo comercial acumulado deste ano, de US$ 10,246 bilh�es, foi puxada pelo resultado da conta petr�leo, que reduziu seu d�ficit em US$ 9,3 bilh�es de janeiro a setembro, comparado com o mesmo per�odo de 2014. O d�ficit da conta foi de US$ 12,9 bilh�es em 2014 para US$ 3,6 bilh�es em 2015. "J� era esperada essa contribui��o da conta petr�leo para o saldo da balan�a", disse Brand�o.
O diretor ressaltou ainda que setembro teve o primeiro crescimento mensal de exporta��es para a China em 2015, de 22% na compara��o com setembro de 2014. Grande parte da alta foi motivada pelo embarque de uma plataforma de petr�leo no valor de US$ 394 milh�es. Sem esse produto, o saldo positivo teria registrado crescimento de 3,7%.