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Estado de Minas

JPMorgan: com deprecia��o r�pida do c�mbio, uso de reservas pode ser necess�rio


postado em 01/10/2015 17:49

S�o Paulo, 01 - A velocidade de deprecia��o do c�mbio observada nas �ltimas semanas sugere um movimento al�m dos fundamentos econ�micos no Brasil e pode demandar uma interven��o do Banco Central por meio do uso das reservas cambiais, avalia a economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandes, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.

"O BC est� certo (em pensar em usar as reservas), as reservas s�o um seguro, mas s� devem ser usadas em caso de sinistro, e n�o para conter uma deprecia��o cambial baseada em fundamentos. No entanto, acredito que a velocidade de desvaloriza��o do c�mbio das �ltimas semanas sugere um movimento al�m dos fundamentos e a interven��o do Banco Central poderia ser necess�ria", explica.

Apesar de aprovar o uso das reservas, Cassiana acredita que, por enquanto, os derivativos parecem ser o instrumento mais adequado, j� que ainda "n�o houve um grande fluxo de sa�da de d�lar". As reservas do BC somam cerca de US$ 370 bilh�es.

Atenta �s discuss�es pol�ticas sobre o pacote de medidas de austeridade anunciado pelo governo h� duas semanas, a economista do banco norte-americano est� pessimista quanto ao retorno da CPMF. "N�o trabalhamos com a aprova��o da CPMF neste ano. Mesmo com a reforma ministerial, eu acho muito dif�cil, por ser uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que precisa de 3/5 dos votos dos parlamentares", disse. Cassiana afirmou que, se a CPMF for aprovada, certamente teria de rever suas proje��es para o Pa�s.

Por enquanto, o JPMorgan espera que a economia apresente recess�o de 2,8% em 2015 e de 1% em 2016. A infla��o ao consumidor deve atingir 8,8% neste ano e 6,3% no ano que vem. A Selic s� dever� ser alterada no terceiro trimestre de 2016, com uma redu��o para 13,50%.

"Se os nossos cen�rios de crescimento e fiscal se provarem corretos nos pr�ximos meses, acreditamos que o Brasil ser� novamente rebaixado pelas ag�ncias no ano que vem, pela Fitch ou pela Moody's", disse. Para o curto prazo, Cassiana diz que trabalha com a hip�tese de a Fitch rebaixar a nota de risco soberano em breve, "mas n�o para perder o selo de bom pagador ainda".

Em rela��o ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a economista aposta em uma alta das taxas de juros em dezembro (quando ocorre a pr�xima reuni�o do comit� de pol�tica monet�ria nos Estados Unidos), dando in�cio ao ciclo de aperto da pol�tica monet�ria do pa�s. "Mas o impacto no Brasil deve ser pequeno porque esse movimento est� mais do que antecipado", disse. A �ltima reuni�o ocorreu em setembro e decidiu pela manuten��o das taxas de juros em n�veis pr�ximos de zero.

Quanto ao cen�rio pol�tico, Cassiana considera improv�vel o impeachment da presidente Dilma Rousseff, embora reconhe�a que existe a possibilidade. "O impeachment n�o est� no nosso cen�rio-base, o risco existe, mas n�o trabalhamos com ele", afirmou.


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