Rio de Janeiro, 02 - O setor de ve�culos ainda exibe estoques elevados e dificuldades do lado da demanda, afirmou nesta sexta-feira, 2, Andr� Macedo, Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Por isso, a alta de 1,9% verificada em julho ante junho n�o se sustentou e, em agosto, o setor mostrou queda de 9,4% na produ��o.
"Redu��o de turnos de trabalho, corte de postos, estoques ainda num patamar bastante elevado, isso tudo justifica a redu��o de ritmo j� observada h� algum tempo neste setor", explicou Macedo. "Os autom�veis e caminh�es lideram impacto negativo, mas toda a cadeia mostra queda na produ��o, como o segmento de autope�as", acrescentou.
A alta no setor de ve�culos em julho havia interrompido uma sequ�ncia de nove meses em queda. Ainda assim, n�o foi suficiente para reverter a trajet�ria descendente. No acumulado deste ano, o setor amarga retra��o de 21,0% na produ��o.
Bebidas
O inverno com temperaturas mais elevadas do que o habitual contribuiu para o aumento de 4,3% na produ��o de bebidas em agosto ante julho, explicou o gerente da Coordena��o de Ind�stria do IBGE. Em julho ante junho, o setor havia apresentado queda de 6,1%. "Tem a ver com esse inverno mais aquecido em termos de clima, que de certa forma impulsionou movimento recente principalmente para cerveja, chope e refrigerante", disse Macedo.
J� no caso dos alimentos, a alta de 2,4% em agosto ante julho tamb�m sucedeu queda de 5,4% na margem. No segmento, a oscila��o da produ��o de a��car explica o desempenho. "Temos safra muito mais alcooleira, mas m�s a m�s pode haver mudan�a de comportamento, e em agosto ele (a��car) contribuiu positivamente", afirmou o gerente.
"Mas � um crescimento que suplanta apenas uma parte da queda do m�s anterior, pois permanece negativo no ano", ponderou Macedo. Nos oito primeiros meses de 2015, a produ��o de alimentos acumula queda de 3,7%, apontou o IBGE. J� o setor de bebidas acumula retra��o de 6,7% no per�odo.
Derivados de petr�leo
A desacelera��o da economia e a consequente redu��o da demanda dom�stica t�m levado a uma redu��o na produ��o de derivados do petr�leo, afirmou Andr� Macedo. Em agosto, o segmento de produtos derivados do petr�leo e biocombust�veis teve queda de 1,6% na produ��o ante julho, a segunda em sequ�ncia.
"Isso tem rela��o direta com a pr�pria desacelera��o da economia. Voc� tem menor demanda dom�stica, ent�o isso se reflete na produ��o de gasolina e diesel", afirmou Macedo. "Esse setor j� vem mostrando comportamento negativo h� algum tempo. N�o por acaso, na compara��o com 2014, esse setor aparece tamb�m como impacto negativo importante", acrescentou.
Em agosto ante igual per�odo do ano passado, a produ��o de derivados de petr�leo recuou 8,7%, deprimida justamente pelos itens gasolina automotiva e �leos combust�veis.
O gerente do IBGE atentou, por�m, para a ind�stria extrativa, que mant�m o sinal positivo na produ��o gra�as ao bom desempenho tanto do min�rio de ferro quanto do petr�leo. Em agosto, a produ��o extrativa aumentou 0,6% em rela��o a julho e subiu 2,9% ante agosto de 2014.