(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Empreendedores apertam os controles internos e expandem neg�cios

Com criatividade e vis�o de oportunidade, empres�rios aproveitam crise para fidelizar clientes pensando fora da caixa


postado em 04/10/2015 06:00

"Temos uma vis�o de oportunidade" - Fernanda Trevisan (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
No dicion�rio do barbeiro Edimar Torres n�o existe a palavra crise. “Tirei o 's' e transformei a palavra em crie”, diz o prestador de servi�os no Bairro Cai�ara, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. Com criatividade, ele tem buscado estrat�gias para fidelizar o cliente e planeja nova unidade no m�s que vem. Em meio a uma das maiores crises econ�micas por que o pa�s j� passou, micro e pequenas empresas como a Barbearia Torres mostram ser poss�vel enfrentar turbul�ncias de dimens�es grandiosas e ainda expandir os neg�cios.

“Resolvemos n�o participar deste momento de crise”, diz Edimar. H� cinco meses, ele lan�ou o cart�o fidelidade, que concede um corte de gra�a a cada 10 realizados a clientes que frequentarem o estabelecimento de segunda a quinta-feira, dias de menor movimento. Em novembro, a barbearia, que j� tem 23 anos de hist�ria no Cai�ara, ganhar� a segunda unidade, no Buritis, na Regi�o Oeste da cidade.

O vice-presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marco Ant�nio Gaspar, aposta no per�odo como a hora certa de liquidar os estoques e manter fiel a clientela. “O comerciante pode fazer a promo��o de produtos que n�o est�o girando, oferecer um combo, baixar os pre�os para quem levar mais unidades da mesma mercadoria. Isso aumenta o t�quete m�dio e traz faturamento”, refor�a.

Como consumidores se tornam mais ponderados nas compras, a dica � cativ�-los, com atendimento personalizado e numa apresenta��o diferente da loja, ensina Gaspar. Recomenda��o adicional � dada para o cuidado com d�vidas novas. “Os juros e a infla��o est�o em ascend�ncia. A n�o ser que o empreendedor consiga linha de cr�ditos barata, n�o � o momento de se endividar”, afirma. A ordem � preservar a sa�de financeira do neg�cio.

INOVA��O
“Crise � possibilidade”, afirma a dona da Lugano de BH – licenciada da marca ga�cha de chocolates artesanais –, Fernanda Trevisan, que tem usado o momento para inovar. Nascida no Rio Grande do Sul, ela abriu a loja na capital mineira em agosto do ano passado, quando a economia j� dava sinais de turbul�ncia, e, em fevereiro, inaugurou um quiosque da marca em um shopping. “Somos descendentes de italianos e alem�es, que vieram para o Brasil porque sofreram guerra. Temos uma vis�o de oportunidade”, conta.

Sem medo de arriscar, a comerciante est� apostando agora em tr�s frentes: vendas pela internet, com a inaugura��o do e-commerce h� tr�s meses, diversifica��o das embalagens para agregar valor ao produto, al�m da abertura de um segundo quiosque, desta vez de cervejas artesanais de Gramado (RS), no mesmo shopping. “A crise possibilita uma negocia��o melhor. N�o d� para descansar“, destaca. As estrat�gias permitiram, desde setembro de 2014, crescimento de 20% dos neg�cios.

O coordenador em Minas Gerais da Endeavor Brasil, organiza��o de apoio a empresas de alto crescimento, Enio Borges, afirma que, na crise, empres�rios t�m que enxugar custos e conseguir produzir mais com os mesmos recursos. “Nesses momentos, as empresas mais aptas a sobreviver s�o as mais eficientes. Por isso, � preciso ser criativo, oferecer produtos com maior valor agregado, priorizar equipamentos mais econ�micos, trazer incentivos � produtividade dos funcion�rios, como b�nus ou divis�o de lucros”, explica Borges.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)