Produ��o brasileira de celulose deve crescer 3,77% em rela��o a 2014

 

S�o Paulo – A produ��o brasileira de celulose est� estimada em 16,5 milh�es de toneladas ao final de 2015, o que representa um crescimento de 3,77% na compara��o com 2014, quando atingiu 15,9 milh�es de toneladas. Os dados foram revelados nesta ter�a-feira por Carlos Farinha, vice-presidente da P�yry, em evento do setor.

Farinha comentou que a expans�o ocorre, principalmente, com as f�bricas da Eldorado, em Tr�s Lagoas (MS), da Suzano, em Imperatriz (MA) e da CMPC Celulose Riograndense, em Gua�ba (RS), atingindo plena produ��o.

Segundo dados recentemente divulgados pela Ind�stria Brasileira de �rvores (Ib�), no acumulado de janeiro a agosto deste ano, a produ��o de celulose atingiu 11,277 milh�es de toneladas, o que correspondeu a um avan�o de 5,1% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. As exporta��es nos oito primeiros meses do ano tamb�m subiram, 8,6%, para 7,473 milh�es de toneladas e as importa��es no total de 2015 tiveram alta de 3,3%, para 283 mil toneladas.

Atualmente, Fibria e Suzano correspondem a 53% da participa��o total do setor, sendo que a Fibria det�m 29% e Suzano 24%. Na sequ�ncia aparece a Eldorado, com 9%. "A concentra��o vai aumentar ainda mais, porque a Fibria inaugura expans�o da f�brica e a Eldorado tamb�m", disse Farinha, referindo-se �s expans�es das plantas industriais das duas empresas localizadas em Tr�s Lagoas (MS).

No mercado global, Farinha destacou que a Am�rica Latina representa quase 80% do aumento da produ��o mundial de celulose fibra curta, sendo o Brasil respons�vel por boa parte deste porcentual.

O executivo da P�yry destacou que o principal destino da celulose brasileira � a produ��o do papel tissue (fins sanit�rios), imprimir/escrever e papel cart�o. At� 2030, a produ��o mundial de papel dever� alcan�ar cerca de 482 milh�es de toneladas, com uma taxa de crescimento anual de 1,1%. A maior expans�o de demanda dever� ocorrer na �ndia, seguida por China, �frica, Am�rica Latina e R�ssia.

"Quando h� aumento do PIB (Produto Interno Bruto) per capita, aumenta tamb�m o consumo de papel e papel cart�o per capita. Onde as massas aumentam o poder aquisitivo, cresce tamb�m o consumo de papel", disse Farinha, alertando, no entanto, que os pa�ses em desenvolvimento s�o compostos por popula��o jovem, que tem maior aceita��o de meios de comunica��o digitais, o que reduz a demanda por pap�is imprimir/escrever.

Os maiores produtores mundiais de papel e papel cart�o, segundo as informa��es da P�yry, s�o: International Paper, APP/Sinar Mas, Nine Dragons, UPM, Stora Enso, Oji e Nippon Paper.

No Brasil, os maiores produtores de papel tissue s�o Mili, Santher, CMPC-Melhoramentos, Sepac, Kimberly-Clark, entre outros. "H� uma clara desconcentra��o deste segmento", disse Manoel Neves, gerente de estudos econ�micos da P�yry. Do total de tissue consumido no Brasil, papel higi�nico representa 74%, em seguida aparece toalha de m�o (17%), toalha multiuso (6%), guardanapos (3%) e len�os (0,3%). "H� clara tend�ncia de crescimento dos pap�is para fins sanit�rios", disse Neves.

DESAFIOS Apesar da crescente demanda por produ��o de celulose, Farinha destacou alguns desafios da ind�stria brasileira. "A press�o vem da depend�ncia da exporta��o da commodity. Tem que pensar no que fazer para n�o ficar t�o dependente".

O vice-presidente da P�yry mencionou ainda os elevados custos de produ��o e log�stica no Brasil, al�m do impacto da alta da infla��o no custo da madeira e no pre�o da terra.