O d�lar abriu a sexta-feira em queda diante da perspectiva de adiamento da alta dos juros nos Estados Unidos. Por volta de 11h40, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,757, em baixa de 0,95%. Mais cedo, caiu 1,29%. Na v�spera, o d�lar comercial (usado no com�rcio exterior) fechou em baixa de 2,17%, cotado a R$ 3,793, enquanto o d�lar � vista (refer�ncia para o mercado financeiro) recuou 1,70%, para R$ 3,810, a menor cota��o desde 9 de setembro. A divisa acumula queda de 3,87% na semana e de 4,35% no m�s. No ano, h� valoriza��o de 42,67%.
A ata do �ltimo encontro do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) indicou preocupa��o com a infla��o baixa, com a desacelera��o da economia global e com a valoriza��o do d�lar, que prejudica as exporta��es norte-americanas. A ata alimentou a preocupa��o de que a economia dos EUA n�o tenha vigor suficiente para que o Fed comece a elevar as taxas de juros nos pr�ximos meses.
Os investidores observaram principalmente a melhora de humor dos mercados internacionais nos �ltimos dias, o que faz o d�lar perder valor. A ata da reuni�o do Fed foi recebida como um sinal de que o BC norte-americano dever� adiar mais uma vez o aumento de juros da economia, o que beneficia os mercados emergentes, como o Brasil. O discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi outro fator importante para a queda do d�lar e dos juros futuros.
No encontro anual do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), em Lima, no Peru, Tombini voltou a garantir que as atuais condi��es monet�rias ser�o mantidas por “per�odo suficientemente prolongado” e disse que as taxas do mercado futuro n�o s�o refer�ncia para o BC. O cen�rio pol�tico desfavor�vel para o governo n�o gerou p�nico.
Bovespa
A Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) opera com ganhos nesta sexta-feira depois de fechar em alta pela oitava vez seguida, diante do cen�rio positivo externo. Por volta das 13h40, o Ibovespa tinha alta de 0,22%, a 49.212 pontos. No entanto, a Bolsa reduz alta ap�s o petr�leo virar para baixo. No mesmo hor�rio, as a��es da Petrobras recuavam 1,14%.
Ontem, o principal �ndice da bolsa terminou o dia em alta de 0,39%, aos 49.106,55 pontos, maior n�vel desde 10 de agosto (49.353 pontos). Na m�nima, marcou 48.658 pontos (-0,52%) e, na m�xima, 49.247 pontos (+0,68%). Nestes oito preg�es de eleva��o, acumulou ganho de 11,71%. No m�s, sobe 8,98% e, no ano, cai 1,80%. O giro financeiro totalizou R$ 6,763 bilh�es.
Durante a primeira parte do preg�o, o Ibovespa exibiu bastante volatilidade, com investidores indecisos entre uma realiza��o de lucros ap�s as at� ent�o sete altas seguidas, justificada ap�s a derrota do governo no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), ontem, e a continuidade das compras de pap�is. Mas a ata do Fed definiu a trajet�ria, ao vir com a sinaliza��o de que o aumento de juros nos EUA pode ficar para o pr�ximo ano.