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Estado de Minas

Milho, algod�o e feij�o melhoram estimativa de produ��o de gr�os, diz IBGE


postado em 09/10/2015 12:37

Rio, 09 - O milho de segunda safra foi mais uma vez o protagonista do aumento na estimativa de produ��o de gr�os no Pa�s em setembro. Mas outras culturas contribu�ram no mesmo sentido, como o algod�o e o feij�o de terceira safra. Com isso, o Levantamento Sistem�tico de Produ��o Agr�cola (LSPA) de setembro apontou uma colheita de 210,4 milh�es de toneladas em 2015, volume recorde em todas as edi��es da pesquisa, realizada desde 1975 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

A estimativa do milho de segunda safra recebeu um refor�o de 738,7 mil toneladas entre agosto e setembro. Metade desse incremento partiu de Mato Grosso, o maior produtor. Condi��es clim�ticas favor�veis estenderam a colheita e melhoraram o rendimento do gr�o, ajudando a colocar a "safrinha" como respons�vel por quase dois ter�os de toda a produ��o de milho do Pa�s. Ser�o 55,364 milh�es de toneladas de milho de segunda safra, 13,9% a mais do que no ano passado.

No caso do algod�o, a boa produ��o da segunda safra do caro�o � que tem beneficiado as estimativas de colheita. Em rela��o a agosto, o volume avan�ou 2,5%, a 4,126 milh�es de toneladas, puxada por Mato Grosso, maior produtor. "A safrinha de algod�o, plantada depois da soja, teve boa produ��o", notou Mauro Andreazzi, gerente da pesquisa.

Mesmo assim, a cultura apresenta recuo de 3,8% em rela��o ao ano passado, por causa da redu��o da �rea plantada. "As chuvas em Mato Grosso chegaram mais tarde. Os produtores acharam arriscado plantar o algod�o e optaram pelo milho", explicou.

J� o feij�o de terceira safra foi beneficiado por expans�es da �rea plantada e do rendimento em Goi�s, o segundo maior produtor da cultura. Com isso, a estimativa de colheita do gr�o avan�ou 1,0% em setembro ante agosto. Mesmo assim, as 449 mil toneladas s�o 4,5% menores do que o obtido no ano passado, apontou o IBGE.

Embora n�o contabilizados na estat�stica da safra, as planta��es de cebola, mandioca e cana-de-a��car tamb�m melhoraram seu desempenho entre agosto e setembro, segundo o �rg�o. No caso da cebola, o avan�o foi de 3,9%, para 1,681 milh�o de tonelada. "Isso deve contribuir para a queda no pre�o", disse Andreazzi. A melhora foi puxada por Santa Catarina, l�der na produ��o, onde a colheita foi estimada em 5,2% a mais do que em agosto. "As boas condi��es do campo favoreceram o rendimento m�dio", afirmou o gerente. Minas Gerais, por sua vez, expandiu a �rea de plantio.

A mandioca, por sua vez, deve ter produ��o de 23,531 milh�es de toneladas este ano, 1,7% a mais do que no ano passado e incremento de 1,0% sobre a proje��o de agosto. Segundo Andreazzi, os produtores paranaenses, l�deres no Pa�s, decidiram colher uma �rea maior, j� que o pre�o da raiz est� menos competitivo do que em anos anteriores. "Com a terra livre, eles podem plantar outra cultura mais rent�vel", disse.

J� a estimativa de produ��o da cana-de-a��car cresceu 0,4% entre agosto e setembro, puxada por Goi�s, que elevou sua expectativa de colheita em 3 milh�es de toneladas. Com isso, o volume produzido no Pa�s deve chegar a 708,4 milh�es de toneladas este ano. S�o Paulo, o maior produtor, n�o alterou as informa��es de safra.

Caf�

A estiagem na regi�o do Cerrado de Minas Gerais prejudicou o rendimento das planta��es de caf� ar�bica, o principal tipo do gr�o cultivado no Brasil, conforme o IBGE. A produ��o deve ficar em 1,937 milh�o de toneladas (32,28 milh�es de sacas de 60 kg), segundo o LSPA de setembro, 2,2% a menos do que o estimado em agosto.

"H� redu��o na regi�o do Cerrado em Minas Gerais. A estiagem afetou o rendimento da cultura", afirmou Mauro Andreazzi. "Com a colheita da safra aproximando-se do seu final, os produtores do Cerrado mineiro v�m constatando a necessidade de um volume maior de gr�os para encher uma saca", acrescentou.

Ainda assim, a produ��o de caf� ar�bica ser� 1,0% maior do que no ano passado, quando foram colhidos 1,917 milh�o de toneladas (31,95 milh�es de sacas).

O caf� canephora, ou robusta, apesar de mais resistente ao calor, tamb�m vem sofrendo com a estiagem. Em setembro, o Esp�rito Santo, maior produtor (com 67,7% do volume colhido), revisou a previs�o de produ��o para baixo em 2,7%. Como as demais regi�es ficaram est�veis e houve leve crescimento em Rond�nia, a estimativa total cedeu 1,6% na passagem do m�s.

No acumulado de 2015, por�m, a colheita de caf� robusta (ou conilon) deve totalizar 632,8 mil toneladas (10,55 milh�es de sacas), 20% a menos do que no ano passado, quando a produ��o chegou a 791,4 mil toneladas (13,19 milh�es de sacas). "O plantio desse caf� � irrigado, e o Esp�rito Santo diminuiu a capacidade de irriga��o. Com isso, diminui a produ��o", explicou Andreazzi.

Nordeste x Sudeste

A perspectiva de que o Nordeste ultrapassaria o Sudeste em termos de produ��o de gr�os neste ano n�o deve se concretizar. A estiagem severa abortou a troca e acabou minguando o processo de crescimento da colheita nos Estados nordestinos, segundo o LSPA de setembro.

Na pesquisa de abril, estimava-se para o Nordeste uma safra de 18,9 milh�es de toneladas, avan�o de 20% em rela��o ao no passado. Seria a primeira vez na hist�ria da LSPA, que tem dados desde 1975, que a regi�o ficaria � frente do Sudeste na produ��o nacional. � �poca, a proje��o era que o Sudeste poderia colher 18,3 milh�es de toneladas.

Passados cinco meses, o quadro se inverteu. Hoje, o Nordeste deve produzir 17,3 milh�es de toneladas, avan�o de 9,6% ante 2014. J� o Sudeste ampliou as expectativas para at� 18,8 milh�es de toneladas, crescimento de 4,7% na compara��o com o ano passado.

"As chuvas que se esperavam no Nordeste n�o ocorreram, e a regi�o continua com estiagem. Ent�o, n�o se concretizou (a ultrapassagem). Eles plantaram, mas n�o conseguiram colher. O Sudeste tamb�m teve problema de estiagem este ano, mas foi menos severa", explicou Mauro Andreazzi.


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