S�o Paulo, 14 - As vendas do com�rcio varejista em agosto foram ruins em todos os segmentos que comp�em a Pesquisa Mensal do Com�rcio (PMC) e, no �mbito do varejo restrito, a queda de 3,0% no volume de vendas no acumulado do ano j� fez o segmento retroceder a n�veis de 2012, segundo o economista Rodrigo Baggi, da Tend�ncias Consultoria Integrada.
"Nos oito meses de 2015, dois anos de crescimento foram jogados fora", comentou. Na avalia��o do especialista, o processo de revers�o do crescimento do setor tem sido "muito forte em 2015" e deve se estender ao longo de 2016. "At� o ano que vem, v�o ser de tr�s a quatro anos de retrocesso em termos de volume de vendas para o varejo", disse Baggi, ao comentar os resultados do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (14).
No segmento de ve�culos e motos, partes e pe�as, a queda acumulada no volume � ainda mais intensa e voltou ao n�vel mais baixo desde 2009, destaca o economista. "Quando se olha apenas para os ve�culos novos, o retrocesso � de dez anos. O �ndice geral do segmento s� n�o piorou mais porque considera tamb�m ve�culos usados, autope�as e acess�rios", afirmou.
Segundo ele, com a crise, a op��o por fazer reparos em carros usados em detrimento da venda de ve�culos novos aumenta em consequ�ncia da redu��o da renda dispon�vel das fam�lias.
A an�lise da receita do setor tamb�m mostra uma situa��o ruim para os comerciantes. Segundo o IBGE, no varejo ampliado, que considera ve�culos e constru��o, a queda na receita nominal foi de 2,5% entre agosto de 2014 e agosto de 2015.
No �mbito restrito, ainda h� varia��o positiva, de 1,1%, mas sem considerar a infla��o no per�odo. "� claro que os deflatores de cada um dos segmentos pode ser um pouco mais brando que o IPCA (que acumula alta de 9,53% nos 12 meses at� agosto), mas certamente a receita real do setor est� negativa", afirmou Baggi.
O especialista ressalta ainda que a queda de 0,9% nas vendas do varejo restrito em agosto deve levar a um corte na atual proje��o da Tend�ncias para o resultado de 2015, atualmente de recuo de 4,1%. "Se a atual situa��o ficasse estagnada at� o fim do ano, a retra��o j� seria de 4,3%, mas n�o h� nenhum ind�cio de que haja estancamento desse processo", afirmou.
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Volume de vendas no varejo restrito voltou a n�veis de 2012, afirma Tend�ncias
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