S�o Paulo, 15 - A ag�ncia de classifica��o de risco Fitch afirmou que a recess�o econ�mica do Brasil provavelmente ser� mais profunda e mais longa do que as expectativas anteriores. A Fitch prev� que o Produto Interno Bruto (PIB) do Pa�s ter� contra��o de 3% neste ano e de 1% em 2016, antes de registrar crescimento modesto em 2017, com riscos inclinados para o lado negativo.
Segundo a Fitch, uma recess�o mais profunda, a redu��o de empregos l�quidos, a menor popularidade da presidente Dilma Rousseff, tens�es entre o governo e o Congresso, a expans�o do alcance das investiga��es da Petrobras e os riscos de impeachment da presidente est�o tumultuando o ambiente pol�tico e criando desafios de governabilidade e incertezas pol�ticas.
"Os reduzidos n�veis de confian�a, o mal-estar do setor de constru��o e as cont�nuas incertezas pol�ticas ampliaram as preocupa��es econ�micas dom�sticas, enquanto a economia continua sentindo o peso dos obst�culos externos, como os pre�os baixos das commodities, o crescimento mais fraco em importantes parceiros comerciais e a maior volatilidade financeira internacional", observou a Fitch.
A ag�ncia tamb�m comentou que a desvaloriza��o do real e o decl�nio da economia ajudou a reduzir o d�ficit em conta corrente em 29%, em d�lar, durante o per�odo de janeiro a agosto, comparado com o mesmo intervalo um ano antes. A queda do real, diz a Fitch, levou a uma deteriora��o nas m�tricas de d�vida externa, que j� estavam sendo impactadas pelos crescentes empr�stimos externos do setor privado nos �ltimos anos. "No entanto, a posi��o s�lida de reservas internacionais, os instrumentos estabelecidos pelo banco central para lidar com quest�es de liquidez cambial e o uso de hedge corporativo s�o fatores mitigantes", acrescentou.
Os coment�rios da Fitch foram feitos no comunicado sobre a decis�o de rebaixar o rating do Pa�s de BBB para BBB- e manter a perspectiva negativa. A decis�o mant�m o rating como grau de investimento. O Brasil foi rebaixado para grau especulativo em 9 de setembro pela S&P. J� pela Moody's, a nota do Pa�s foi rebaixada em 11 de agosto, mas o grau de investimento tamb�m foi mantido.