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Estado de Minas

Recess�o ser� profunda e longa, projeta a Fitch


postado em 17/10/2015 06:00 / atualizado em 17/10/2015 07:19

S�o Paulo – O Brasil ter� uma recess�o mais profunda e longa do que se esperava de acordo com Shelly Shetty, chefe de ratings soberanos para a Am�rica Latina da ag�ncia de classifica��o de risco Fitch. A afirma��o foi feita durante teleconfer�ncia para explicar as raz�es que levaram a ag�ncia a rebaixar a nota de cr�dito do Brasil de BBB para BBB-, �ltimo degrau antes de perder o chamado “grau de investimento”, selo de bom pagador. Segundo ela, a economia brasileira vai se retrair 3% este ano e mais 1% em 2016.

“Nossa previs�o � de uma retra��o de 3% para a economia este ano e mais 1% em 2016, com alguma recupera��o em 2017. Neste momento � razo�vel ser cauteloso em rela��o ao Brasil. O desempenho econ�mico piorou muito desde abril”, disse Shetty, observando que naquele m�s a ag�ncia colocou o vi�s negativo para o pa�s, ainda mantendo a nota BBB. Segundo ela, o momento econ�mico � dif�cil, com maior endividamento p�blico e incerteza pol�tica.

Ela acredita que o pa�s ter� dificuldades para alcan�ar as metas fiscais este ano e em 2016. Shetty n�o citou n�meros, mas a Fitch vem trabalhando com a expectativa de um d�ficit fiscal de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Segundo ela, as contas do pa�s s� come�am a se reequilibrar em 2016 e o super�vit s� aconteceria em 2017. A Fitch n�o considera a aprova��o da CPMF pelo Congresso, segundo Shetty. Ela disse que ainda existe um alto grau de resist�ncia a este imposto, e por isso, o super�vit n�o viria j� em 2016. A Fitch estima que o endividamento do pa�s chegue a 70% do PIB em 2016, avan�ando ainda em 2017.

A meta do governo para este ano � de um super�vit prim�rio de 0,15% do PIB, embora o mercado j� admita a possibilidade de uma revis�o deste n�mero, diante da queda de arrecada��o. Para 2016, a expectativa � de um super�vit de 0,7% do PIB, considerando que o Congresso aprove a volta da CPMF. A analista da Fitch explicou que a deteriora��o da economia brasileira, num ritmo mais forte do que se esperava, a crise pol�tica e as dificuldades do governo de aprovar medidas de seu interesse no Congresso pesaram na decis�o de rebaixamento da nota brasileira. Tamb�m entrou nesta conta as investiga��es de desvios de recursos da Petrobras. “O ambiente pol�tico prejudica as perspectivas macroecon�micas, mas, mesmo assim, as autoridades brasileiras se esfor�aram para fazer um ajuste monet�rio”, disse Shetty.

O rebaixamento da nota brasileira para BBB- colocou o pa�s ao lado de pa�ses como a R�ssia, Turquia e Indon�sia. Entre eles, apenas o Brasil e a R�ssia apresentam perspectiva negativa, o que significa que h� mais de 50% de chances de um novo rebaixamento entre 12 e 18 meses. “Mas isso pode acontecer antes, se houver necessidade”, afirmou.


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