Com�rcio de material de constru��o cair� 5% no ano, prev� presidente da Anamaco

S�o Paulo, 19 - As vendas de material de constru��o no varejo devem fechar este ano com queda de 5%, a primeira retra��o em 24 anos. "A �ltima queda de vendas do setor ocorreu no governo Collor", afirma o presidente da Associa��o Nacional dos Comerciantes de Material de Constru��o (Anamaco), Cl�udio Conz.

Neste ano, at� setembro, houve um recuo de 6% na receita nominal das empresas varejistas e o mesmo �ndice foi registrado nos �ltimos 12 meses. Segundo a pesquisa feita com 530 lojistas em todo o Pa�s, em setembro na compara��o com agosto, as vendas de todos os materiais foram menores, com destaque para a forte queda de produtos b�sicos. Cimento e revestimentos, por exemplo, registraram recuos de 11% e 9%, respectivamente.

Na avalia��o de Conz, os resultados do m�s passado refletem a crise econ�mica, com aumento do desemprego e redu��o da oferta de cr�dito. "Toda a vez que temos diminui��o do cr�dito e redu��o do n�mero de empregos, isso se reflete de forma quase que instant�nea no nosso setor."

Para se adequar � nova realidade, Conz diz que houve uma grande demiss�o de trabalhadores no com�rcio varejista de materiais de constru��o. Neste ano, as lojas cortaram 43 mil postos de trabalho. O setor emprega cerca de um milh�o de pessoas. Num setor que � muito pulverizado, houve tamb�m fechamento de muitas lojas, especialmente as pequenas.

Apesar da conjuntura atual ser negativa, Conz v� perspectivas favor�veis a m�dio e longo prazos para o setor. "O ano que vem ser� melhor do que 2015." As 64 milh�es de moradias precisam de manuten��o e em algum momento as pessoas v�o ter que fazer a reforma da casa que foi adiada e gastando mais, porque, com o passar do tempo, o desgaste � maior.

Al�m disso, o presidente da Anamaco diz que os bancos j� demonstram inten��o de impulsionar as linhas de cr�dito destinada � compra de materiais para compensar o fraco desempenho de outras linhas de financiamento.

Home center

Neste ponto, Conz acredita que o mercado de materiais constru��o � favor�vel para as grandes empresas. Nos �ltimos tempos, os home centers tiveram muita dificuldades para encontrar terrenos adequados, com 10 mil a 12 mil metros quadrados de �rea, � constru��o de novas lojas por causa da forte especula��o imobili�ria. "Agora com a superoferta de �reas, o pre�o do metro quadrado baixou." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.