S�o Paulo – Renovadas preocupa��es com a crise global fizeram o d�lar ganhar for�a, ontem, sobre as principais moedas internacionais. O real ficou entre as divisas emergentes que mais perderam na sess�o, pressionado tamb�m pela cautela com o descontrole das contas p�blicas brasileiras. O d�lar comercial, usado no com�rcio exterior, subiu 1,03%, para R$ 3,943 na venda. Foi o quarto avan�o consecutivo da moeda, que atingiu m�xima de R$ 3,967 no dia. J� o d�lar � vista, refer�ncia no mercado financeiro, teve alta um pouco mais expressiva, de 1,11%, para R$ 3,937.
A divisa americana subiu sobre 22 das 24 principais moedas emergentes do mundo – as exce��es foram a lira turca e o sol novo peruano. O d�lar tamb�m teve valoriza��o sobre todas as dez mais importantes moedas do globo, que incluem o euro, a libra e o franco su��o. No Brasil, os investidores continuaram atentos �s contas do governo brasileiro, que deve dizer at� amanh� se vai rever a meta fiscal para este ano. � esperado o an�ncio de d�ficit prim�rio de at� R$ 50 bilh�es.
O descontrole das contas p�blicas e a dificuldade enfrentada pelo governo para aprovar medidas de ajuste fiscal t�m agravado a crise pol�tica no pa�s. O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu, ontem, novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na �rea da economia, os analistas de bancos e corretoras apostam na manuten��o da taxa b�sica de juros em 14,25% ano, a Selic, que remunera os t�tulos do governo no mercado financeiro e serve de refer�ncia para as opera��es nos bancos e no com�rcio.
A tens�o no c�mbio tamb�m se refletiu no mercado de juros futuros, que subiram na BM&FBovespa. O contrato de DI para janeiro de 2016 avan�ou de 14,297% para 14,305%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,790%, ante 15,770% na sess�o anterior.
A��es em marcha a r� No mercado acion�rio, o Ibovespa, principal �ndice da Bolsa brasileira, fechou perto da estabilidade, com leve queda de 0,11%, para 47.025 pontos. O movimento seguiu a cautela dos mercados externos: nos Estados Unidos, os �ndices das a��es mais negociadas tiveram leves quedas, enquanto na Europa as Bolsas ficaram, na pr�tica, est�veis.
O recuo de 3,73% das a��es preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, e o tombo de 0,74% do Ita� Unibanco empurraram o Ibovespa para baixo. Dados que mostraram aumento dos estoques de petr�leo na semana passada nos Estados Unidos colaboraram para a queda de mais de 2% nos pre�os da commodity no exterior, o que pesou negativamente sobre os pap�is da Petrobras na sess�o.
Em sentido oposto, a valoriza��o das a��es preferenciais da Vale, de 2,72%, amenizou a perda do Ibovespa. Os pap�is corrigiram parte das perdas recentes, mas seguiram pressionados pela queda no pre�o do min�rio de ferro negociado no mercado chin�s, principal destino das exporta��es da companhia.
O movimento internacional ocorreu na esteira da queda em torno de 3% dos dois principais �ndices de a��es da China. Foi o maior tombo em mais de um m�s, diante de sinais recentes de desaquecimento da segunda maior economia do mundo, que elevaram a preocupa��o com a crise global.
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Valorizado, d�lar dribla 22 moedas
Em alta, cota��o subiu a R$ 3,943 no Brasil, numa ascens�o tamb�m observada nos pa�ses emergentes e na Europa
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