Bras�lia, 22 - Para refor�ar os cofres, o governo prepara uma megalicita��o para passar � iniciativa privada toda a opera��o de loterias instant�neas, as raspadinhas, atribui��o exclusiva da Caixa hoje. A estimativa inicial de arrecada��o era R$ 15 bilh�es. Agora, segundo dados do governo, a privatiza��o das raspadinhas pode engordar os cofres p�blicos entre R$ 2,2 bilh�es e R$ 4 bilh�es ainda em 2015. A explora��o anual dos jogos deve gerar aproximadamente R$ 1 bilh�o para a Uni�o. A quantia n�o resolve, mas ajuda o governo na dif�cil tarefa de encontrar novos recursos para diminuir as megadeficit�rias contas p�blicas.
A mesma medida provis�ria que autorizou o Banco do Brasil e a Caixa a comprarem participa��es em outros bancos, diretamente ou por meio de subsidi�rias, tamb�m abriu caminho para a Caixa criar uma nova empresa para explorar as raspadinhas, modalidade de jogo em que o resultado � imediato. A MP, enviada recentemente ao Congresso, permite que a Loteria Instant�nea Exclusiva (Lotex) explore datas comemorativas, al�m de marcas, emblemas, hinos e todos os elementos de clubes de futebol.
Com a publica��o da MP, come�aram rumores no mercado financeiro de que a iniciativa tinha como objetivo salvar alguns bancos de menor porte que estariam prestes a quebrar. A cada dia, uma institui��o pequena estava nas conversas entre operadores como a bola da vez. Nenhuma at� hoje foi confirmada.
Uma fonte da equipe econ�mica negou que haja qualquer problema de sa�de financeira no setor banc�rio brasileiro, seja a institui��o de que porte for. "Depois do sufoco que foi no caso do Panamericano, n�o vai acontecer isso novamente", garantiu. A Caixa adquiriu parte do banco do Grupo Silvio Santos, que estava sendo investigado por fraudes financeiras. O neg�cio foi de R$ 740 milh�es e acabou passando pela fiscaliza��o do Minist�rio P�blico e do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).
Segundo essa fonte, a volta da lei que libera os bancos oficiais a adquirirem outras empresas tem rela��o com a possibilidade de abrir capital do IRB, da �rea de seguros da Caixa e de outros neg�cios n�o financeiros, que, mesmo assim, precisam passar pelo crivo do Banco Central.