At� 2020, 23 das 25 principais rodovias da Regi�o Sudeste ter�o uma movimenta��o de cargas de transporte bem acima do que s�o capazes de comportar. Entre elas, tr�s vias de Minas, como a BR-262,no curto trecho entre Betim e Belo Horizonte, estar�o com um n�vel de gargalo cr�tico, chegando a receber tr�fego 125% al�m de sua capacidade. Essa � uma das previs�es apontadas no Projeto Sudeste Competitivo, patrocinado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) e por federa��es estaduais, que ser� apresentado hoje em Belo Horizonte e encaminhado ao governo federal.
De acordo com o estudo, s�o necess�rias medidas de log�stica e investimentos urgentes, independentemente da situa��o econ�mica do pa�s, sob o risco de agravamento de problemas para o setor produtivo. A an�lise sugere at� mesmo uma redu��o de custo, e informa que a log�stica do Sudeste precisa de R$ 63,2 bilh�es em investimento at� 2020. “Estamos h� 14 meses trabalhando nesse estudo, vamos apresent�-lo ao governo e esperar que tome provid�ncias”, afirma o presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) e presidente do Conselho de Infraestrutura CNI, Olavo Machado J�nior.
O objetivo do projeto � elaborar um planejamento estrat�gico da infraestrutura de transporte com um custo mais baixo. Por isso, em vez das 337 obras que deveriam ser feitas, que trabalham amplia��o e moderniza��o de portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e dutos, o estudo priorizou, com car�ter de urg�ncia, projetos com menor custo, que poder�o gerar economia de R$ 100 bilh�es. De acordo com a an�lise, a log�stica do Sudeste necessita, urgentemente, de 86 obras, que custar�o os R$ 63,2 bilh�es em investimentos at� 2020, com retorno em sete anos. Se as 337 fossem colocadas em pr�tica, o custo seria de R$ 219,1 bilh�es em cinco anos.
Mas, segundo constatou o projeto, das 86 obras que precisam ser colocadas em pr�tica para “salvar” a malha de transporte da regi�o, apenas 16 est�o em fase de andamento. Ou seja, cerca de 70% est�o em fase de projeto, planejamento ou apenas nos planos do poder p�blico. Al�m disso, em Minas, por exemplo, o trajeto da BR-262, entre Bela Vista e Belo Horizonte, recebe, hoje, 32% mais carga em hor�rio de pico do que realmente comporta. Em 2020, esse cen�rio, caso nada seja feito, poder� chegar a 81% a mais da sua capacidade.
A CNI considera a realiza��o das obras urgentes, sob o risco de agravamento de trechos j� congestionados e consequente eleva��o de custos para o setor produtivo. “Metade dessas rotas estrat�gicas j� existe e necessita de melhorias, como amplia��o e moderniza��o. As demais precisam ser planejadas e executadas com rapidez”, destaca o texto da an�lise.
CADEIA Segundo o consultor Olivier Roges Sylvain Girard, na primeira fase do projeto foi feito um diagn�stico da malha de transporte da Regi�o Sudeste. “Foram selecionadas 14 cadeias produtivas, que representam 49 produtos. Fizemos um mapeamento da produ��o, tanto para o mercado interno quanto para o externo. A Regi�o Sudeste representa 94,6% das exporta��es brasileiras”, destaca Girard. Na segunda fase do projeto, foram mapeados os eixos potenciais. Os 86 projetos priorit�rios compreendem oito grandes eixos log�sticos (veja abaixo), com rotas capazes de integrar Sudeste com os estados vizinhos e assegurar movimenta��o �gil e eficiente de insumos e mercadorias. Al�m disso, “se os projetos priorit�rios forem conclu�dos, o custo pago pelo setor produtivo do Sudeste poder� ser reduzido em at� 5,4%”, garante Girard.
z eixos do Sudeste Competitivo
l Trechos existentes
1) BR-153 Sul
Goi�s via Ourinhos (SP)
Economia potencial - R$ 245,3 mi
2) Ferrovia All
Mato Grosso – Santos (SP)
Economia potencial - R$ 371,6 mi
3) BR-050
Bras�lia (DF) – Santos (SP)
Economia potencial - R$ 868,8 mi
4) BR 116 Sul-Nordeste
Via Dutra e Rio de Janeiro
Economia potencial - R$ 716,4 mi
l Novos projetos
1) Ferrovia EF 354
An�polis (GO) – Ipatinga (MG) A�u/Central (RJ
Economia potencial R$ 423 mi
2) Mineroduto Ferro
Morro do Pilar (MG)
Naque (MG) – Linhares (ES)
Economia potencial - R$ 205 mi
3) Ferrovia Gr�o Mogol (MG)
S�o Mateus (ES)
Economia potencial -R$ 2,8 bi
4) Ferrovia MRS e Estrada de Ferro 118: Suzano (SP) – Vit�ria (ES)
Economia potencial - R$ 209,1 mi