Depois que o Banco Central jogou a toalha em rela��o ao cumprimento da meta de 4,5% tamb�m em 2016, as previs�es para a infla��o no Relat�rio de Mercado Focus dispararam em alguns casos e, no �ndice que mede o comportamento dos pre�os no atacado chegou a superar a marca dos 10%.
Segundo o documento divulgado na manh� desta segunda-feira, 26, pela institui��o, a mediana para o IPCA do ano que vem subiu de 6,12% para 6,22%. Esta � a 12ª semana consecutiva de eleva��o. H� quatro edi��es, o ponto central da pesquisa era de 5,87%.
No caso da elite dos economistas que mais acertam as previs�es para a infla��o no m�dio prazo, denominada Top 5, a mudan�a foi ainda mais gritante. H� 15 dias, esse grupo passou a prever que o BC n�o entregar� a infla��o na meta tamb�m no ano que vem. Pela mediana das estimativas do boletim Focus de hoje, o IPCA do ano que vem terminar� em 7,30%, e n�o mais em 6,72% como revelava a previs�o anterior. Quatro edi��es atr�s estava em 6,46%.
A meta de 2016 � de 4,5% com margem de toler�ncia de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, o que abrigaria uma taxa de at� 6,50%.
J� as proje��es para a infla��o deste ano subiram de 9,75% para 9,85% na pesquisa geral. H� quatro semanas, estavam em 9,46%. No Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cen�rio de refer�ncia quanto no de mercado. Pelos c�lculos da institui��o revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cen�rio de refer�ncia e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado.
Para a infla��o de curto prazo, a estimativa para outubro disparou de 0,73% para 0,81% - estava em 0,60% quatro semanas atr�s. J� a de novembro, passou de 0,61% para 0,63% de uma semana para outra ante taxa de 0,60% verificada h� um m�s.
As expectativas para a infla��o suavizada 12 meses � frente tamb�m pioraram na pesquisa Focus de hoje, passando de 6,27% para 6,50% - exatamente no �ltimo limiar do teto da meta. A taxa de 6,05% era vista quatro edi��es atr�s.
No caso do Top 5 de 2015, a mediana das previs�es desse mesmo grupo saltou de 9,81% para 9,95% - tamb�m bem acima do teto da meta deste ano, que tem os mesmos par�metros da de 2016. H� quatro semanas, essa mediana estava em 9,61%.
Pre�os administrados
As proje��es para os pre�os administrados voltaram subir no Relat�rio de Mercado Focus tanto para 2015 como para 2016. A mediana das previs�es para esse conjunto de itens no ano que vem passou de 6,35% para 6,60%. H� quatro semanas, estava em 5,92%.
Para 2015, as estimativas do mercado financeiro para os pre�os administrados saiu de 16,00% para 16,11% de uma semana para outra - um m�s atr�s, a mediana das estimativas era de 15,50%.
De acordo com o RTI de setembro, os pre�os administrados devem ter alta de 15,4% em 2015 no cen�rio de mercado e no de refer�ncia ante estimativa anterior de 13,7% em ambos os cen�rios.
Para chegar a estes porcentuais, o BC considerou a hip�tese de varia��o de 9,6% do pre�o da gasolina at� agosto de 2015 - vale lembrar que, depois disso, os combust�veis foram reajustados. Da mesma forma, o BC levou em conta a estimativa de alta de 15% do pre�o do botij�o de g�s, mesmo valor da ata e maior que os 4,3% do RTI passado.
No caso de tarifas de telefonia fixa, a estimativa era de -3% no RTI de junho, de -3,5% da ata passada e agora est� em -3,5% no documento. Em rela��o aos reajustes das tarifas de energia el�trica, o BC projeta uma varia��o de 49,6% para 2015 ante alta de 43,4% do RTI de junho e de 49,2% da �ltima ata.
A atualiza��o do Relat�rio para os pre�os administrados em 2016 mostra que o BC espera um avan�o desse conjunto de itens de 5,7% no cen�rio de mercado e no de refer�ncia. Em ambos casos, a previs�o anterior da autoridade monet�ria no RTI era de uma alta de 5,3%.
Na ata do Copom, as proje��es estavam em 15,2% para 2015 e em 5,7% para 2016. Na pr�xima quinta-feira, o BC trar� em nova ata uma atualiza��o dessas previs�es.