S�o Paulo, 27 - Andrea Goldstein, da divis�o de investimentos da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), afirmou nesta ter�a-feira, 27, em S�o Paulo, que o Brasil ainda tem problemas de restri��o ao investimento estrangeiro, mas a situa��o est� mais ou menos alinhada com o observado nos membros oficiais do grupo.
"A experi�ncia nos ensina que alguns temas s�o mais dif�ceis para reformas. Um tema complexo em todos os pa�ses s�o as parcerias p�blico-privadas (PPP). J� um aspecto muito contencioso do ponto de vista pol�tico � a revis�o das restri��es aos investimentos. O Brasil ainda tem problemas, mas est� na m�dia da OCDE, e poderia estar abaixo, como � o caso do Chile", afirmou durante palestra no semin�rio Investimento no Brasil e brasileiro no exterior, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globaliza��o Econ�mica (Sobeet).
Goldstein lembrou que o Brasil j� participa das atividades do comit� de investimentos da OCDE, apesar de n�o ser membro efetivo do grupo. Ele afirmou que n�o existem regras universais para melhorar o clima de neg�cios para investimentos, mas � poss�vel aprender com alguns exemplos, como o caso da Coreia do Sul. "� sempre melhor anunciar as reformas antecipadamente, com um calend�rio realista e sem voltar atr�s. Tamb�m � preciso sensibilizar o p�blico sobre os benef�cios da abertura", apontou. Ele explicou que, entre os princ�pios b�sicos, est�o a transpar�ncia, n�o discrimina��o e prote��o dos diretos de propriedade.
J� Maria Luisa Cravo Wittenberg, da Apex-Brasil, falou sobre o trabalho da ag�ncia e comentou que, em 2014, a entidade esteve envolvida na atra��o de US$ 4,7 bilh�es em investimentos para o Pa�s, em 30 projetos. Este ano, no consolidado do primeiro semestre, ela diz que o volume est� pouco maior do que o observado no mesmo momento do ano passado. "O que n�s observamos � que existe uma menor participa��o do investimento produtivo e maior dos investimentos em participa��o, at� porque os ativos brasileiros est�o mais baratos", contou.
Al�m disso, o volume individual dos investimentos � menor, com uma participa��o maior de empresas de menor porte. "As grandes empresas est�o segurando os investimentos at� terem uma previsibilidade maior na economia brasileira", explicou Maria Luisa.
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Brasil ainda tem problemas de restri��o a investimentos estrangeiros, diz OCDE
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