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Estado de Minas

C�mbio melhora expectativa da ind�stria, mas � insuficiente para retomada, diz FGV


postado em 28/10/2015 14:01 / atualizado em 28/10/2015 14:41

S�o Paulo, 28 - A desvaloriza��o do real ante o d�lar � o principal fator que pode explicar a relativa melhora das expectativas da ind�stria em outubro, por refletir um potencial impulso para as exporta��es. Esta � a avalia��o do superintendente adjunto para ciclos econ�micos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo J�nior. "Em um primeiro momento, a alta adicional do d�lar no terceiro trimestre pode ter dado um efeito negativo sobre os balan�os das empresas, j� que muitas t�m d�vidas em d�lar. Mas o efeito positivo do ponto de vista operacional deve passar a ser majorit�rio a partir de 2016", afirmou.

Nesta quarta-feira, a institui��o informou que o �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI) avan�ou 2,3% neste m�s, para 76,7 pontos, o segundo menor n�vel da s�rie hist�rica iniciada em abril de 1995. Segundo o especialista, os dados sinalizam que a ind�stria continuar� apresentando resultados negativos no quarto trimestre de 2015. A intensidade da queda, no entanto, deve ser menos intensa que a registrada nos �ltimos meses.



Na avalia��o de Campelo, a recente valoriza��o do d�lar ante o real, para o n�vel pr�ximo de R$ 4, pode ter se somado ao ambiente de incertezas pol�ticas e impactado de maneira negativa a ind�stria. No entanto, se o c�mbio se estabilizar neste n�vel nos pr�ximos meses, os processos de substitui��o de importa��es e de aumento das exporta��es devem se sobrepor ao efeito negativo de aumento dos custos de insumos. "Se isso ocorrer e o mercado interno parar de piorar, pode at� ser que a confian�a da ind�stria passe a subir no ano que vem, mas isso ainda � dif�cil", estimou.

Ele destaca que o aumento das exporta��es afeta positivamente todos os setores. J� o reflexo negativo sobre o custo de insumo � limitado. Em outubro, a propor��o dos empres�rios que percebiam o n�vel da demanda externa como forte foi de 10,6%, contra 2,6% em outubro de 2014. J� a parcela dos que avaliam como fraca permaneceu praticamente est�vel, oscilando de 27,9% para 27,7% no per�odo.

Emprego

Outro componente que contribuiu para o avan�o das expectativas em outubro � o indicador que mede a inten��o das empresas em contratar. A melhora, por�m, n�o sinaliza para um estancamento das demiss�es no setor. "Do avan�o deste �ndice, 85% representam a mudan�a de empresas que, em setembro, diziam que pretendiam fazer demiss�es nos pr�ximos meses e que, em outubro, passaram a afirmar que manter�o o quadro atual de funcion�rios, o que n�o significa que ir�o contratar", detalhou Campelo.

Na passagem de setembro para outubro, a propor��o de empresas prevendo ter um quadro de funcion�rios maior nos meses seguintes subiu de 6,1% para 7,8%. No mesmo sentido, a parcela das que preveem demitir recuou de 34,% para 24,9%. O especialista explica que, como o indicador � ajustado sazonalmente, este movimento n�o � influenciado por expectativas relativas a contrata��es de fim de ano.

O cen�rio n�o chega a ser de otimismo j� que a percep��o dos empres�rios do setor sobre a situa��o dos neg�cios nos pr�ximos seis meses caiu 0,9% entre setembro e outubro, sinalizando, como destacou Campelo, que a melhora das expectativas � pontual e n�o reflete uma confian�a maior sobre o ambiente de neg�cios em um horizonte de tempo mais amplo. "Ainda tem muita incerteza em boa parte devido ao front pol�tico, sobre como vai ser o formato final do ajuste fiscal, se haver� uma melhora do ambiente para neg�cios, se o c�mbio vai estabilizar neste n�vel", resumiu.

Apesar de ainda n�o haver dados antecedentes suficientes para estimar a produ��o no quarto trimestre, Campelo calculou que, no ano, a produ��o da ind�stria deve registrar recuo entre 8,5% e 9,0% na compara��o com o ano passado.


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