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Estado de Minas

Inadimpl�ncia deve seguir em alta entre os mais pobres, afirmam analistas

As classes mais baixas est�o recorrendo ao cheque especial e ao cart�o de cr�dito para manter padr�o de vida adquirido nos �ltimos anos


postado em 03/11/2015 15:37 / atualizado em 03/11/2015 16:24

Mesmo com o esfor�o da s fam�lias para gastar menos e pagar suas d�vidas, a inadimpl�ncia deve continuar subindo entre aqueles de menor renda, apostam economistas especialistas em cr�dito. Segundo eles, as classes mais baixas est�o recorrendo ao cheque especial e ao cart�o de cr�dito para manter o padr�o de vida adquirido nos �ltimos anos e com isso acabam se endividando ainda mais.

Em S�o Paulo, por exemplo, a propor��o de fam�lias que somam renda de at� 10 sal�rios m�nimos e est�o com contas em atraso era de 14,6% em setembro do ano passado e saltou para 21,8% em setembro deste ano, de acordo com a FecomercioSP. Enquanto isso, entre as fam�lias com renda superior a 10 sal�rios m�nimos, a taxa pouco variou, de 5,2% para 5,8%.


Levando em considera��o as fam�lias que afirmam que n�o ter�o condi��es de pagar suas d�vidas, a propor��o sobe de 5,0% para 9,5% na faixa de renda at� dez sal�rios m�nimos, e praticamente se mant�m est�vel entre os mais ricos, passando de 1,9% para 2,0%. "Os mais pobres est�o fazendo um esfor�o para consumir menos e pagar suas d�vidas, mas essa desalavancagem tem um limite, porque eles s�o muito dependentes do cr�dito", explicou V�tor Fran�a, assessor econ�mico da FecomercioSP.

Essa depend�ncia do cr�dito, continua Fran�a, se manifesta na combina��o entre a alta dos pre�os, que eleva o custo de itens b�sicos, e o baixo n�vel de poupan�a dos que ganham menos. A sa�da � recorrer a modalidades emergenciais de cr�dito, como o cheque especial e o cart�o de cr�dito, para manter o padr�o de vida conquistado nos �ltimos anos. De acordo com dados do Banco de Central, a participa��o do cheque especial na inadimpl�ncia no Brasil saltou de 14,1% em setembro do ano passado para 15,3% em setembro de 2015. E o cart�o de cr�dito avan�ou de 7,2% para 8,0%.

"Qual a mensagem, ent�o? Enquanto o n�vel de inadimpl�ncia de pessoa f�sica se mant�m est�vel no resultado geral, apesar da piora da economia; a demanda por modalidades emergentes de cr�dito, que s�o as de risco mais alto, est� crescendo, pois � para elas que as fam�lias correm no momento de desespero, para ter alguma sobra de renda", explicou Fran�a.

O economista Fl�vio Calife, da Boa Vista SCPC, concorda que as perspectivas s�o piores para os mais pobres e acrescenta: "Quem tinha algum recurso na poupan�a est� usando e transferindo para a conta corrente". Para ele, uma pista desse movimento � o saldo da caderneta e poupan�a em 2015. No acumulado do ano at� setembro, o volume retirado da poupan�a, descontando os dep�sitos, foi de R$ 53,8 bilh�es. "Enquanto isso, as outras aplica��es est�o se mantendo em n�veis est�veis", comparou o economista.

Apesar das perspectivas de aumento da inadimpl�ncia, puxada pelos consumidores de menor renda, o avan�o dever� ser limitado pela cautela das fam�lias. "Acompanhando a desacelera��o da atividade econ�mica e a piora observada no mercado de trabalho, acreditamos que as fam�lias (todas, n�o s� as mais pobres) seguir�o cautelosas, ajustando seus or�amentos e dando prefer�ncia, dentro do poss�vel, � manuten��o do consumo de servi�os em detrimento do de bens", avalia a economista Ellen Regina Steter, do Departamento de Pesquisas e Estudos do Bradesco.

Com isso, ela prev� desacelera��o da concess�o de cr�dito com recursos livres �s pessoas f�sicas em 2015, com crescimento 3,2%, abaixo da alta de 5,5% observada em 2014. Segundo o Banco Central, a taxa de inadimpl�ncia no mercado de cr�dito com recursos livres ficou est�vel em 4,9% em setembro frente a agosto. Para a pessoa f�sica, foi registrado o �nico aumento nessa compara��o, passando de 5,6% para 5,7%. Para as empresas, caiu de 4,2% para 4,1% de um m�s para o outro.


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