
Incentivar os funcion�rios a adotar h�bitos de vida mais saud�veis, investindo na preven��o de doen�as � uma forma de conter os gastos, mantendo os mesmos benef�cios. Pesquisa da consultoria Mercer Marsh Benef�cios, mostra que os conv�nios m�dicos representam 11,5% dos gastos das empresas com a folha de pagamento. Em 2012 esse percentual era de 10,3%.
Em 2015, os conv�nios empresariais, que representam 80% do mercado brasileiro de planos de sa�de, encareceram em m�dia, 14,8%. “A infla��o m�dica sempre cresce acima do IPCA (infla��o oficial do pa�s medida pelo IBGE), impulsionada por quest�es como a inclus�o de novas tecnologias”, aponta Francisco Bruno, consultor senior da Mercer Marsh Benef�cios.
Participaram do estudo, 513 companhias de m�dio e grande porte, com mais de 500 funcion�rios, representando um universo de 2 milh�es de usu�rios de planos de sa�de, incluindo os dependentes. “O que esses programas podem fazer, n�o � reduzir os gastos com planos, mas a m�dio prazo, diminuir consideravelmente o ritmo do crescimento”, diz o executivo.
Os programas de promo��o � sa�de variam de acordo com o perfil da empresa. Pode ser desde um investimento para controle da depress�o, at� programas ortop�dicos. Para se ter ideia, em uma a��o de educa��o f�sica, o retorno estimado chega em um prazo m�dio de 36 meses. “A cada R$ 1 investido, o retorno � de R$ 2,4”, observa Mariana Dias, tamb�m consultora da companhia.
O custo m�dio por funcion�rio do benef�cio saltou de R$ 196,17, em 2014, para R$ 225, 23, este ano. As empresas que investem em programas de sa�de como estrat�gia tamb�m de combater os custos dos planos, gastam em m�dia R$ 225 ao ano, por funcion�rio.
Resultados
Em Minas, as empresas Vale e Localiza, desenvolvem h� mais de 10 anos programas de preven��o e aten��o � sa�de. Entre os programas desenvolvidos pelas mineradoras est� o combate ao tabagismo. Desde o inicio em 2010, 416 empregados da companhia deixaram de fumar. Em 2014, dos 105 inscritos no programa, 87 pararam de fumar, cerca de 85% do total.
A Localiza tamb�m aposta nos resultados dos cuidados com a sa�de. S�o a��es de incentivo � alimenta��o saud�vel e pr�tica de atividade f�sica e tamb�m campanha de vacina��o contra a gripe. Recentemente a empresa la�ou o programa de gerenciamento de doen�as cr�nicas (diabetes, hipertens�o, cardiopatias, asma e bronquite cr�nicas, etc). O programa conta com a participa��o de 400 funcion�rios e dependentes. Segundo a empresa, o objetivo � que os funcion�rios tenham melhor qualidade de vida. Segundo a Localiza, os programas tamb�m reduzem o absente�smo e aumentam a produtividade.
Crise � dificultador
Presidente do Conselho de Rela��es do Trabalho da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu, diz que no momento atual da economia se torna mais dif�cil para as empresas abrirem frentes de novos investimentos. No entanto, ele acredita que esse � um momento transit�rio e aponta que a promo��o da sa�de tende a crescer dentro das organiza��es devido aos seus benef�cios. “Al�m de promover a sa�de, pode conter o custo dos planos e ainda combater o absente�smo.” Segundo Abreu, a aus�ncia ao trabalho ainda � um desafio para as empresas e todas as iniciativas para reduzir esses �ndices s�o bem-vindas pela ind�stria.
Em rela��o ao benef�cio sa�de, 51% das empresas pesquisadas pela consultoria Mercer Marsh Benef�cios dividem com os funcion�rios o pagamento do custo mensal fixo dos planos de sa�de e arcam com subs�dio m�dio, de 78%. Os planos de sa�de coletivos representam cerca de 80% do mercado de sa�de. A infla��o m�dica, representa esse ano perto de 6% acima do IPCA, o que pressiona o custo dos planos.
Entre os programas estruturados adotados pelas empresas est�o programas de atividades f�sicas, nutri��o saud�vel, sa�de emocional, preven��o de DST (doen�as sexualmente transmiss�veis), al�m de programas para abandonar o consumo de cigarros, sa�de bucal, ortopedia, checkups.