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Estado de Minas

Sindicatos criticam conota��o pol�tica da greve de caminhoneiros


postado em 06/11/2015 18:01

Porto Alegre, 06 - Sindicatos dos caminhoneiros no Rio Grande do Sul dizem que � dif�cil prever a ades�o ao protesto e o impacto que a greve marcada para a pr�xima segunda-feira, 9, ter� no transporte de mercadorias no Estado. O movimento, com perfil diferente de outros realizados pela categoria, n�o � coordenado por essas entidades. Ao inv�s de centrar a pauta em reivindica��es por melhores condi��es trabalhistas, o Comando Nacional do Transporte, que est� convocando a mobiliza��o, reconhece que o objetivo principal, desta vez, � exigir a sa�da da presidente Dilma Rousseff. No Rio Grande do Sul - um dos Estados mais ativos nas manifesta��es de caminhoneiros ocorridas entre fevereiro, mar�o e abril -, a conota��o pol�tica expl�cita est� provocando cr�ticas por parte de sindicatos, que n�o apoiam o movimento.

"A quest�o pol�tica est� sendo discutida no Congresso e em outras esferas. Seria melhorar deliberar sobre as necessidades da categoria. Pressionar o governo � necess�rio, mas n�o desta forma", disse ao Broadcast Agro, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Aut�nomos de Iju�, Carlos Alberto Litti Dahmer.

Ele conta que 16 mil profissionais fazem parte da base do sindicato. Em mar�o, segundo Litti, mais de 80% dos caminhoneiros da regi�o noroeste do RS aderiram � greve. Apesar de discordar do mote da nova paralisa��o, a entidade "liberou" os filiados a participar dos atos a partir da semana que vem. "Vai depender da consci�ncia de cada um", afirmou.

Na p�gina do Comando Nacional do Transporte no Facebook, um dos l�deres do movimento, Ivar Schmidt, de Mossor�, no Rio Grande do Norte, explica que o foco mudou porque os motoristas n�o viram suas reivindica��es atendidas pelo governo ap�s as negocia��es de mar�o e abril. "Os caminhoneiros acordaram e v�o acordar o Pa�s tamb�m. N�o estamos mais fazendo paralisa��o por n�s, agora � pelo Brasil. A nossa principal reivindica��o � a sa�da da Dilma e de todos os seus subordinados", afirma em um v�deo postado na rede social.

Segundo Schmidt, depois que estiver estabelecido um novo governo, o movimento vai apresentar novamente a sua pauta de reivindica��es, que ser� similar � anterior, mas pode ter acr�scimos. Alguns pontos j� defendidos s�o a redu��o do pre�o do �leo diesel, a cria��o e o cumprimento da tabela do pre�o m�nimo do frete e a car�ncia de 12 meses para quem tem financiamento de caminh�es concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

Litti concorda que as conversas com o governo federal n�o est�o avan�ando como deveriam. "Tem muitas quest�es que justificam uma parada dos caminhoneiros, mas n�o esta pauta de derrubada da Dilma", falou.

O Comando Nacional do Transporte admite ter uma proximidade com grupos contr�rios � presidente, como o Vem Pra Rua e o Revoltados On Line. A paralisa��o dos caminhoneiros aut�nomos, que est� prevista para come�ar na segunda-feira, est� sendo organizada principalmente por meio das redes sociais e do WhatsApp. A expectativa � ter uma alta ades�o no Pa�s inteiro.

Repercuss�o

No in�cio do ano, a greve dos caminhoneiros interrompeu o tr�fego em diversos pontos de rodovias federais e estaduais por muitos dias, o que prejudicou o transporte de cargas e motivou a��es na justi�a na tentativa de retomar o fluxo normal de ve�culos nas estradas.

Mesmo antes do in�cio da nova paralisa��o, entidades j� se posicionam sobre o assunto. Conforme o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanit�ria Animal (Fundesa), as manifesta��es podem causar novamente preju�zos para o setor de produtos de origem animal no Rio Grande do Sul.

O Fundo alerta que, na mobiliza��o do come�o do ano, o abastecimento de milho para ra��o foi o primeiro a ser atingido. Com isso, muitos animais entraram em risco alimentar e passaram por problemas sanit�rios. O presidente do Fundesa, Rog�rio Kerber, afirma que o setor de su�nos, por exemplo, levou quatro meses para ter o fluxo de produ��o normalizado ap�s a greve de fevereiro.


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