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Estado de Minas

Mercado v� infla��o de at� 7,2% em 2016


postado em 07/11/2015 08:01

S�o Paulo, 07 - A expectativa para a infla��o do ano que vem piorou. Ontem (6), o servi�o AE Proje��es, da �Ag�ncia Estado�, ouviu 30 analistas de mercado ap�s a divulga��o do IPCA de outubro. As estimativas para 2016 superaram as previs�es da pesquisa anterior, feita ap�s o an�ncio do IPCA de setembro, no dia 7 de outubro.

Agora, os economistas de bancos e consultorias falam em uma infla��o de 5,2% a 7,2% em 2016. A mediana ficou em 6,5%. Na pesquisa anterior, as proje��es iam de 4,5% a 6,7%, com mediana de 6,0%.

Com a nova estimativa para 2016, cresce o risco de a infla��o atingir - ou superar - o teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5% ao ano.

Para 2015, as proje��es s�o piores. Muitos economistas dizem que a infla��o deve ficar acima de 10%. Segundo os economistas, deve haver algum al�vio nos �ndices em 2016 porque h� expectativa de alta menor nos pre�os administrados, de servi�os regulados pelo governo, como energia el�trica. Mas n�o ser� uma tr�gua completa. Os pre�os dos combust�veis devem subir e pressionar a infla��o.

Al�m disso, os analistas dizem que o c�mbio permanece como grande fator de risco de press�o inflacion�ria. Os economistas tamb�m t�m d�vidas se a pol�tica de juros ter� efeito sobre a infla��o porque a economia j� est� em recess�o.

No teto da meta

A proje��o do Banco Pine � de que a infla��o fechar� 2016 exatamente no teto da meta, 6,5%. A desacelera��o na infla��o em rela��o a 2015 deve vir dos aumentos bem menores dos pre�os administrados e dos efeitos mais fortes da alta dos juros, al�m de uma press�o menor do c�mbio.

�Os impactos dos principais reajustes v�o cedendo espa�o � recess�o na din�mica inflacion�ria�, disse o economista Marco Antonio Caruso. Ele v� a massa salarial �afundando� com o aumento do desemprego, o que funcionar� como um freio ao consumo. �Essa � a aposta do BC (Banco Central).�

Na RC Consultores, o economista Marcel Caparoz disse que h� um bom tempo vinha estimando infla��o de 6,5%, mas, ap�s o IPCA de outubro mostrar novas press�es inflacion�rias, alterou a proje��o para 2016 para 7,0%. �A expectativa � que a energia el�trica n�o apresente uma taxa perto de 60% como pode acontecer neste ano, mas esperamos que v�rios itens sejam reajustados significativamente em 2016.�

Entre os itens mencionados por Caparoz est�o as matr�culas escolares, que s�o reajustadas no come�o do ano, os planos de sa�de e o aumento do sal�rio m�nimo. Segundo o economista, como o IPCA de 2015 deve fechar na faixa de 10%, haver� um efeito psicol�gico forte sobre a popula��o, que tende a requerer aumentos salariais maiores, ainda que o momento n�o seja prop�cio, por causa da recess�o econ�mica.

�Quando a infla��o bate em 10%, as pessoas tendem a tomar decis�es com base nesse n�mero e pedir reajustes na mesma magnitude. Isso alimenta a infla��o futura, que tamb�m pode ficar elevada, e pressiona para ter essa transfer�ncia. Tamb�m torna a infla��o cada vez mais resistente.�

Conta de luz

J� o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Ot�vio de Souza Leal, confirmou sua estimativa de 6,5% para o IPCA do pr�ximo ano, pois considera a sa�da da bandeira vermelha para, no m�nimo, a amarela, o que tende a diminuir os custos com energia el�trica no Pa�s. �Podemos ter outras press�es, como a gasolina. N�o considero Cide em 2016. Se aparecer, imagino que ser� neste ano. S� se o governo n�o conseguir aprovar a CPMF.�

Desvaloriza��o do real

Para o economista da RC Consultores, outro fator de influ�ncia de alta dos pre�os � a desvaloriza��o cambial, que j� est� mexendo com a infla��o. �Veja o IGP-M. J� est� acima de 10% no acumulado de 12 meses (at� outubro). Acelerou rapidamente.� Em 2014, o IGP-M fechou com alta de 3,69%.

�N�o adianta mexer na taxa de juros. A infla��o n�o � de demanda, mas de custos. Como est� bastante pressionada, o consumidor passa a trocar um bem pelo outro, pois o pre�o n�o para de subir�, disse Caparoz.

A press�o de custos foi um dos fatores que levaram o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a mudar sua proje��o para o IPCA de 2016, de 4,5% para 5,2%. Ainda assim, a ag�ncia de classifica��o de risco ocupa o piso das expectativas da pesquisa. �Nosso ajuste decorre da perspectiva de in�rcia de aumento de custos.� As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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