(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A��es da Vale caem 7,55% com ruptura da barragem em Mariana

A ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's (S&P) colocou os ratings da Samarco Minera��o em observa��o negativa, alegando que ainda n�o � poss�vel "avaliar a extens�o total dos estragos e o impacto em potencial nas opera��es da empresa"


postado em 07/11/2015 08:01 / atualizado em 07/11/2015 10:17

A trag�dia provocada pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da Samarco, sociedade entre a Vale (50%) e a anglo-australiana BHP Billiton (50%), fez as a��es da mineradora brasileira desabarem ontem (6). Apesar da rea��o negativa do mercado, o impacto financeiro para a Vale tende a ser limitado.

O principal efeito negativo pode vir do lado da imagem, diante das propor��es do acidente, que deixou a regi�o de Mariana, em Minas Gerais, debaixo de lama e v�rios desaparecidos. O epis�dio pode elevar o controle dos �rg�os ambientais em rela��o �s barragens na minera��o.

As a��es ordin�rias (ON) da Vale encerraram a sexta-feira com queda de 7,55% na Bolsa de S�o Paulo, enquanto as PNA ca�ram 5,70%, arrastando o Ibovespa para uma perda de 2,35%. Os pap�is da BHP tamb�m fecharam em baixa na Bolsa de Sidney. “� a pior crise da hist�ria da companhia”, reconheceu o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, em entrevista coletiva ontem, em Mariana.

No in�cio da noite, a ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor’s (S&P) colocou os ratings da Samarco Minera��o em observa��o negativa, alegando que ainda n�o � poss�vel “avaliar a extens�o total dos estragos e o impacto em potencial nas opera��es da empresa”. A S&P j� havia retirado o selo de grau de investimento da empresa na esteira do rebaixamento da nota soberana do Brasil.

Fundada em 1977, a Samarco � a segunda maior exportadora global de pelotas (pequenas bolinhas de min�rio de ferro usadas na produ��o de a�o), atr�s apenas da pr�pria Vale. Com opera��es em Minas e no Esp�rito Santo, tem capacidade para produzir 30,5 milh�es de toneladas anuais de pelotas. A Vale divide o controle da empresa com a BHP, recebendo dividendos e parte de sua produ��o.

De janeiro a setembro, a produ��o da Samarco atribu�vel � s�cia brasileira foi de 10,7 milh�es de toneladas. No mesmo per�odo, a Vale produziu 35,8 milh�es de toneladas de pelotas por conta pr�pria. A relev�ncia da Samarco no mercado de pelotas far� com que o acidente tenha efeito significativo no mercado global de min�rio. Segundo relat�rio do UBS, a redu��o da oferta por um eventual comprometimento de sua produ��o pode favorecer a cota��o das pelotas. A expectativa de analistas � de um poss�vel freio na queda dos pre�os do insumo.

Curto prazo

Por outro lado, o Ita� BBA levanta que no curto prazo a Samarco pode ser obrigada a comprar o produto de terceiros, a um custo mais alto para suprir a demanda. Segundo analistas do banco, a reconstru��o da barragem exigir� mais investimentos e a mineradora dever� oferecer uma compensa��o pelos estragos causados. A expectativa nesse caso � que esses efeitos sejam mitigados pelo plano de seguro da Samarco.

O economista e ex-diretor de Rela��es com Investidores da Vale Roberto Castello Branco diz que a Vale n�o deve sofrer com o epis�dio. Segundo ele, a Samarco � s�lida e financeiramente independente. “A Samarco n�o vai precisar de aporte dos s�cios para enfrentar essa situa��o.” Em 2014, a fabricante de pelotas teve uma receita l�quida de R$ 7,5 bilh�es, lucrou R$ 2,8 bilh�es e pagou R$ 1,8 bilh�o em dividendos aos seus acionistas. Segundo o Ita� BBA, os dividendos da Samarco representaram 3% da gera��o de caixa da Vale em 2014.

Risco de imagem

A despeito das d�vidas sobre o risco financeiro, o acidente afeta fortemente a imagem da minera��o. Segundo um executivo do setor, a obten��o de novas licen�as ambientais para constru��o de barragens no Pa�s ser� uma miss�o ainda mais dif�cil ap�s a trag�dia em Mariana. A expectativa � que os �rg�os ambientais reforcem a fiscaliza��o das barragens em funcionamento e imponha mais exig�ncias para liberar a constru��o de novas.

A trag�dia pode frear as atividades de minera��o no Brasil. Isso porque, o modelo nacional necessita a constru��o de barragens para permitir que o min�rio seja concentrado e, com isso, ganhe um maior teor de ferro, o que o torna mais valioso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)