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Estado de Minas 2016 SEM SURPRESAS

Planejamento das finan�as pode salvar consumidor da inadimpl�ncia de come�o de ano


postado em 08/11/2015 09:00 / atualizado em 08/11/2015 10:37

Assim como as festas de Natal e ano-novo, as despesas tradicionais de in�cio de ano devem ocupar a cabe�a e o calend�rio dos brasileiros, em destaque. Diante dos rumos dos principais indicadores da economia, os cuidados para evitar come�ar 2016 com as finan�as j� combalidas por presentes, viagens e comemora��es caras ao bolso devem ser redobrados. Al�m dos poss�veis aumentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre a Propriedade de Ve�culos Automotores (IPVA), a eleva��o de pre�os das matr�culas e do material escolar promete superar as expectativas.

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) anunciou recentemente que as mensalidades tendem a ser remarcadas entre 10% e 14% no ano que vem, e, para completar a afli��o de quem tem filhos, toda a linha de material de papelaria foi reajustada de janeiro a outubro em 3,22% na Grande Belo Horizonte. Embora o �ndice tenho ficado abaixo da infla��o de 7,69%, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), do Insituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), as despesas com cursos, leitura e papelaria subiram 8,89%, na m�dia, na Regi�o Metropolitana de BH.

Para que as fam�lias n�o sejam pegas de surpresa, o ideal � que, desde agora, organizem o caixa, com base no or�amento previsto para o in�cio de 2016. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado de Minas, este � o primeiro passo para enfrentar os aumentos que vir�o. “D� para prever os valores das despesas de come�o de ano, basta relembrar o que foi pago no ano anterior e acrescentar os reajustes discutidos. A partir da�, � poss�vel ter uma boa refer�ncia”, afirma Mauro Calil, educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro.

Com a infla��o pr�xima de dois d�gitos e o aumento das taxas de desemprego, a preocupa��o cresce. A assistente financeira Adriana Fl�res, de 33 anos, diz nunca ter se sentido t�o insegura. Por isso, j� come�ou a abrir m�o de gastos sup�rfluos. “Neste ano, mesmo com 13º e f�rias para ajudar nas contas, n�o conseguirei viajar, renovar os m�veis de casa, muito menos trocar o carro, que era um plano que eu tinha desde janeiro”, afirma.

Apesar de a renda da assistente ter crescido em 2015, o acr�scimo foi corro�do pela infla��o. Por isso, est� mais dif�cil organizar os pagamentos para o pr�ximo ano. “J� n�o estou tendo de onde tirar. Agora, controlo o uso da luz e do telefone para tentar poupar”, afirma. Adriana lamenta n�o poder colocar os filhos de 5 e 13 anos em um col�gio particular. “Com matr�culas absurdas e material escolar caro, ser� imposs�vel dar um estudo melhor para eles, no momento”, lamenta.

Consumo regrado

Economizar � a palavra do momento no vocabul�rio dos brasileiros. Segundo o presidente da DSOP Educa��o Financeira, Reinaldo Domingo, decidir por consumo regrado � o mais sensato a se fazer. “Estamos com d�lar alto, infla��o chegando a 10% e � melhor ponderar nos gastos de fim de ano para que 2016 comece leve”, afirma. Para ele, educa��o financeira � importante para se obter felicidade.

Que o ano vai come�ar pressionado pelas altas de pre�o, � previs�vel. Por isso, especialistas d�o dicas de como driblar a situa��o. Juntar um grupo de pais para comprar na mesma loja pode elevar a chance de conseguir pre�os mais em conta para o material escolar. Fabio Gallo, professor de finan�as da Funda��o Getulio Vargas (FGV), recomenda que n�o se desperdice o material parcialmente usado no ano anterior. “Esta � a hora de poupar. N�o descarte objetos que ainda podem ser utilizados”, afirma. � importante, tamb�m, n�o se deixar levar somente pelos desejos dos filhos.

 

Fam�lia e bolso unidos

Evitar ceder aos impulsos de consumo, definindo uma lista de gastos necess�rios e com o engajamento de todos os membros da fam�lia, � medida decisivas se elas n�o desejam entrar em 2016 j� endividadas. Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, “� importante que todos participem das finan�as da fam�lia. Assim, fica mais f�cil os filhos compreenderem e abrirem m�o de produtos mais caros”.

A gestora de RH, Daniele Abreu, 38 anos, sempre se organiza para pagar o material escolar de seus dois filhos � vista. � isso o que os especialistas recomendam. Para Mauro Calil, da Academia do Dinheiro, fazer pagamentos parcelados, se n�o houver incid�ncia de juros, pode ser vantajoso, mas ele recomenda a quita��o � vista caso seja poss�vel negociar um bom desconto.

Se a situa��o estiver muito apertada, ao ponto de impedir o pagamento de todas as contas logo no in�cio do ano, economistas aconselham dar prefer�ncia ao parcelamento do IPVA ou do IPTU. Essas despesas t�m condi��es de pagamento mais vantajosas do que aquelas oferecidas pelas administradoras de cart�es de cr�dito e os bancos no cheque especial, por exemplo.

Daniele Abreu come�ou a organizar suas finan�as em maio deste ano e, desde ent�o, a vida est� bem mais tranq�ila para a gestora de RH. “Hoje, consigo at� gastar um pouco mais. Vou pagar os impostos � vista, coisa que sempre pensei em fazer, mas nunca consegui”, afirma. Para Daniele, a situa��o s� n�o est� melhor por conta da infla��o. “Os pre�os est�o mais altos, mas, pelo menos, minha consci�ncia est� tranquila porque hoje eu consigo gastar somente o que eu posso”, afirma.

A farmac�utica Danyelle Perez, de 33, seguiu as dicas dos educadores e entrou no embalo dos cortes de gastos sup�rfluos. “Para manter meus filhos na escola particular e conseguir pagar IPVA, IPTU, matr�cula e material escolar, sem dor de cabe�a, cancelei o contrato com a TV a cabo e parei de usar telefone fixo. As idas aos restaurantes no fim de semana foram trocados por piqueniques”, afirma. Ela combinou com a fam�lia que, neste ano, ser� o Natal das crian�as; s� elas receber�o presentes. A ceia n�o ser� farta e a comemora��o do anivers�rio do filho de dois anos, em 29 de dezembro, “ser� um lanchinho sem luxos”.

Economistas e consultores costumam orientar o consumidor a usar o 13º sal�rio para quitar d�vidas ou fazer poupan�a para as despesas de janeiro. Mauro Calil recomenda, ainda, que o consumidor n�o fa�a empr�stimos para quitar essas despesas. “� melhor tentar vender coisas em casa que n�o est�o sendo mais usadas. Busque novas alternativas, pois empr�stimo pode custar mais caro e a chance de se enrolar � maior”. Para ele, o cuidado deve ser o de n�o enfrentar os pr�ximos 12 meses de 2016 endividado. “Avalie se aquela viagem de 30 dias � realmente necess�ria. N�o espere para consertar as d�vidas s� no fim do ano que vem”, alerta.

Segundo F�bio Gallo, da Funda��o Get�llo Vargas, o que n�o se deve fazer de maneira alguma � deixar de pagar as contas. Fingir que as despesas n�o existem, traz preju�zos ainda maiores. “O n�o pagamento pode gerar multas e dores de cabe�a para o resto do ano. Ningu�m quer que isso aconte�a”, analisa. (MA)

 

 


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