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Estado de Minas

Brasil pode atrair aporte bilion�rio de fundos


postado em 08/11/2015 11:37

S�o Paulo, 08 - O cen�rio � perfeito para eles: empres�rios com a corda no pesco�o, endividados, precisando de capital, e, por isso, mais suscet�veis a vender parte ou a totalidade de seus neg�cios. Para os fundos de private equity, que compram participa��o em empresas para vender no futuro com lucro, o momento � ideal. Hoje, a estimativa � de que eles tenham R$ 130 bilh�es em recursos comprometidos para o Brasil e um n�mero crescente de negocia��es em andamento.

No ano, segundo dados da consultoria PwC, a participa��o dos fundos de private equity chegou a 178 em setembro - mais do que os 170 do ano passado. Houve crescimento embora o n�mero de transa��es, no geral, tenha diminu�do de 640 para 565.

Em julho, quando as tens�es em Bras�lia se acentuaram, com impacto direto na economia, os fundos entraram em compasso de espera e seguraram o fechamento de alguns neg�cios. Agora, com um ambiente pol�tico mais calmo e o d�lar rondando a casa dos R$ 3,80, a tend�ncia, dizem executivos de bancos de investimento, � que as transa��es voltem a ser finalizadas.

"Ainda que n�o seja o item determinante, o c�mbio tem um peso importante na decis�o de investimento", diz o pesquisador do N�cleo de Estrat�gia e Neg�cios Internacionais da Funda��o Dom Cabral, Sherban Leonardo Cretoiu.

Com alta volatilidade do d�lar, os fundos adiaram investimentos, temendo perder dinheiro. "Agora, o horizonte est� um pouco mais firme e a inseguran�a com a perda cambial � menor", disse o gestor de um fundo internacional. "Estou com quatro neg�cios em andamento e recebendo um volume maior de liga��es de empres�rios dispostos a vender seus neg�cios."

Para Herbert Steinberg, s�cio da consultoria Mesa Corporate Governance, dizer que o Brasil est� barato em moeda estrangeira n�o est� errado. "Mas afirmar que o investidor, quando olha Pa�s, analisa s� o c�mbio � incorreto."

A rela��o, lembra o consultor, � feita com base no Ebtida, indicador que mede o potencial de gera��o de caixa de uma empresa e serve de par�metro na hora de definir seu pre�o de venda. "Muitas empresas (hoje � venda) est�o com Ebtida entre 20% e 25% abaixo da meta estipulada. Isso significa fluxo de caixa deteriorado."

Segundo estimativas de bancos de investimento, cerca de R$ 150 bilh�es de ativos est�o � venda no Pa�s. Boa parte dessa cifra est� relacionada a empresas envolvidas na Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.

Segundo o s�cio da consultoria independente BF Capital, Renato Sucupira, essas companhias est�o sem cr�dito na pra�a e precisam fazer caixa para pagar financiamentos e poss�veis multas que venham a ser aplicadas a elas. Na lista, est�o a CAB Ambiental e a BR-153, da Galv�o Engenharia, e a Invepar, que tem participa��o da OAS. A pr�pria Petrobras j� anunciou que pretende fazer um "desinvestimento" da ordem de R$ 15 bilh�es (leia mais abaixo). "O problema � que hoje � o momento para se comprar Brasil. Mas n�o para se vender ativos", disse Herbert Steinberg.

A gestora de investimentos Advent � uma das que est�o olhando o Pa�s com interesse nesse momento. Em setembro, o fundo anunciou a compra de 13% da Core Participa��es, um dos controladores do laborat�rio Fleury, e n�o descarta fechar novos neg�cios na �rea de sa�de. Em mar�o, comprou a Faculdade Serra da Ga�cha, marcando sua volta ao setor de educa��o, depois de lucrar no passado com a maior empresa do setor, a Kroton.

Segundo Patrice Etlin, presidente do Advent no Brasil, o fundo est� olhando neg�cios resilientes como sa�de, educa��o e tecnologia.

O momento, segundo o s�cio da PwC, Rog�rio Gollo, � prop�cio para os fundos por causa do ciclo de investimentos que eles costumam fazer nas empresas. Entre a compra e a venda, em geral, passam-se cinco anos. Depois desse per�odo, a participa��o � vendida na Bolsa, por meio de uma oferta de a��es ou para um s�cio estrat�gico, que pode ser um concorrente ou uma multinacional. "Nessa corrida, as empresas estrangeiras costumam ser mais cautelosas do que os fundos de private equity", diz Gollo. "O interessante � que eles cheguem antes para vender para as m�ltis no futuro."

Neste momento, h� um novo nicho de fundos de investimento se voltando para o mercado brasileiro. Conhecidos como "distress", esses fundos costumam olhar empresas que estejam prestes a entrar ou que j� entraram em recupera��o judicial. Entre os nomes que come�aram a sondar o mercado com essa finalidade est� a TCP Latan, que est� montando uma carteira de R$ 40 milh�es para investir em at� seis empresas por meio da aquisi��o de deb�ntures convers�veis em a��es.

Na avalia��o do professor do Insper, S�rgio Lazzarini, todo esse movimento de entrada de capital estrangeiro no Brasil � positivo para a economia neste momento. "O ideal era que fossem feitos investimentos do zero, mas a chegada de multinacionais e fundos tamb�m � interessante para o Pa�s", diz. "Entre o fim dos anos 90 e o in�cio de 2000, com as privatiza��es, a chegada de grupos estrangeiros provocou um rearranjo no setor produtivo." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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