Rumores de troca de Levy por Meirelles faz Bovespa subir e d�lar cair

O encontro do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no 10º Encontro Nacional da Ind�stria, nesta quarta-feira, em Bras�lia, voltou a alimentar os rumores de que Meirelles possa substituir Levy no comando da equipe econ�mica do governo. Henrique Meirelles disse que n�o recebeu um convite da presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, para assumir a Fazenda. Mesmo assim, durante o dia, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) operou em alta e o d�lar em queda com os rumores de mudan�as no primeiro escal�o do governo. A poss�vel troca serviu de mote para os investidores voltarem a comprar a��es. A Bovespa terminou o dia com eleva��o de 1,86%, aos 47.065,01 pontos, enquanto o d�lar comercial fechou em queda de 0,95%, cotado a R$ 3,755.

Apesar do movimento do mercado financeiro, o ex-presidente do BC desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando da Fazenda, especula��o que ganhou for�a nos �ltimos dias. Ao ser questionado sobre as chances reais de assumir a pasta, Meirelles disse que n�o comenta especula��es. “N�o h� convite concreto, e eu n�o comento especula��es ou nenhum tipo de hip�tese”, disse o ex-presidente do BC. Ele tamb�m preferiu n�o responder perguntas sobre a atual pol�tica econ�mica do governo, por conta do “barulho” em torno de seu nome.

Sobre a rela��o com a presidente Dilma Rousseff, Meirelles disse que sempre manteve uma rela��o cordial e muito produtiva, desde os tempos que eram colegas de minist�rio do governo Lula. “Minha experi�ncia (com ela) sempre foi tranquila, com converg�ncia e diverg�ncias em pontos de vistas, o que � normal"”, afirmou. Durante sua exposi��o, Meirelles disse que � preciso reduzir a carga tribut�ria, na contram�o do que tem defendido o governo.

“Se olharmos a frente, no m�dio e longo prazos, precisamos discutir a quest�o da carga tribut�ria no Brasil sim. Vislumbrar a frente uma queda da carga tribut�ria. A curto prazo, pode haver algum aumento tempor�rio, mas isso precisa ser demonstrado para a sociedade por que � tempor�rio, o que vai acontecer e o que vamos fazer a frente para que venha a cair”, disse Meirelles.

J� o titular da Fazenda, Joaquim Levy, usou seu discurso para mostrar que comunga das mesmas ideias em rela��o aos rumos da economia. Ele abriu o discurso com um aviso: concorda com tudo o que o ex-colega de governo dir�. “Concordo com tudo que vai dizer. Trabalhamos juntos”, disse ao se referir ao tempo em que ocupava a secretaria do Tesouro.
Na palestra sobre os desafios da economia, ele afirmou que o momento atual � rico em que a discuss�o sobre medidas econ�micas pode ser aprofundadas. Levy disse que a agenda de crescimento proposta para a ind�stria � a mesma do governo. “A gente precisa de seguran�a fiscal. Ningu�m vai colocar dinheiro se acha que a gente vai ter mais problema”, frisou.