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Estado de Minas

Cresce n�mero de crian�as que t�m de trabalhar

Desemprego em alta empurra menores de 13 anos para o mercado. Radiografia do pa�s mostra que desigualdade vai na contram�o, aumentando onde os rendimentos s�o maiores


postado em 14/11/2015 06:00 / atualizado em 14/11/2015 09:20

Depois de registrar queda consistente por sete anos consecutivos, o n�mero de crian�as empregados no Brasil voltou a crescer em 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad). Os indicadores mostram que no ano passado o n�mero de meninos e meninas e 5 a 13 anos que trabalhavam subiu de 506 mil para 554 mil. O resultado � reflexo da piora nas taxas de desempregos no pa�s, que, no ano passado, pelo segundo ano consecutivo, voltou a subir, passando de 6,5% para 6,9% entre a popula��o com mais de 15 anos de idade.

Entre 2005 e 2013, o n�mero de crian�as no mercado de trabalho caiu 68,46%, de 1,6 milh�o para 506 mil. No ano passado, com a alta de 9,48% nesse perfil de trabalhadores, o total retornou a patamar pr�ximo ao de 2012. De acordo com a legisla��o trabalhista, � vetado qualquer tipo de trabalho de crian�as at� 13 anos de idade. Entre 14 e 16 anos, � liberado o trabalho como aprendiz, no qual o jovem concilia os ensinamentos de um emprego com as atividades escolares.

“O pai desemprega e a crian�a come�a a trabalhar para ajudar em casa”, resume a coordenadora do F�rum Estadual de Erradica��o e Combate ao Trabalho Infantil e Prote��o ao Adolescente Trabalhador (Fectipa), Elvira Cosendey. A especialista afirma ainda que a primeira consequ�ncia direta � a evas�o escolar. Isso porque as crian�as n�o conseguem estudar e trabalhar e perdem o interesse pelos estudos com o cansa�o, at� abandonar. “N�o estudou, n�o arruma emprego, acaba nos programas de renda m�nima e, assim como os pais, colocando o filho para trabalhar. Est� fechado o ciclo da exclus�o”, afirma.

Em 2013, eram 325 mil pessoas de 5 a 13 anos trabalhando em atividades agr�colas. O contingente aumentou para 344 mil um ano depois. Nos servi�os n�o-agr�colas, a alta foi de 181 mil para 210 mil. Portanto, pelos n�meros, 62,1% dos empregos est�o concentrados em atividades agr�colas. “� o filho ajudando o pai nas atividades que ele ajudava a fazer. Ajudando a semear a terra, ajudando a descascar o milho”, afirma a gerente da Pnad, Maria L�cia Vieira.

Renda No ano passado, o crescimento das taxas de desocupa��o foram mais significativas no Sudeste (15,8%) e no Nordeste (5,2%), mas o indicador apresentou piora em todas as regi�es pesquisadas. Com isso, as taxas de desocupa��o subiram para 7,3% e 8% nas duas regi�es. O principal reflexo no aumento da desocupa��o � sentido entre os jovens de 18 a 24 anos de idade. Mais de um ter�o da faixa et�ria encontrava-se sem emprego no per�odo. A taxa de desocupados subiu de 32,7% para 34,3%.

Em contrapartida, o rendimento m�dio mensal real dos trabalhadores teve alta de 0,8%, passando de R$ 1.760 para R$ 1.774 no comparativo entre 2013 e 2014. A maior eleva��o foi percebida na Regi�o Sudeste, apesar de ter sido tamb�m a que teve maior alta da taxa de desemprego. A renda m�dia subiu 2,5%.

Junto a isso, a propor��o do rendimento do trabalho das mulheres em rela��o ao dos homens passou de 73,5% para 74,5% no comparativo entre os dois �ltimos anos. Os dados, referentes a 2014, indicam que o rendimento m�dio de uma mulher no pa�s era de R$ 1.480, enquanto o dos homens era de R$ 1.987. Elas, portanto, receberam em m�dia R$ 507 a menos do que eles. Houve t�mida melhora dessa rela��o, de 0,3 ponto percentual, entre 2013 e 2014. A dist�ncia salarial entre os sexos est� em trajet�ria de queda h� dez anos – em 2004, elas recebiam 62,9% do rendimento deles.

e mais...

Analfabetismo
Apesar do longo caminho a percorrer, o Brasil conseguiu progredir nos indicadores da �rea de educa��o em 2014. A taxa de analfabetismo no pa�s encolheu e mais crian�as est�o frequentando a escola. Segundo dados da Pnad 2014, a taxa de analfabetismo do pa�s recuou de 8,5% em 2013 para 8,3% da popula��o com 15 anos ou mais. A popula��o analfabeta nessa faixa era de 13,2 milh�es no ano passado. S�o 100 mil pessoas a menos que n�o sabem ler e escrever no pa�s.


Popula��o
A popula��o brasileira cresceu 0,9% no ano passado e totalizou 203,2 milh�es de pessoas, segundo a Pnad 2014. Comparando a 2013, o total de residente no pa�s cresceu em 1,7 milh�o de pessoas. A maior parte da popula��o (45,5% do total) se declarou de cor branca (92,4 milh�es de brasileiros). O grupo de pessoas que se declarou de cor parda representava 45% do total, ou 91,5 milh�es. Mais 17,4 milh�es de pessoas se declararam de cor preta (8,6% do total) e 1,8 milh�o de pessoas declarou outra cor ou ra�a (ind�gena ou amarela), ou 0,9%.

Saneamento

Mais 1,9 milh�o de fam�lias brasileiras passaram a ter acesso a �gua tratada em 2014, segundo dados da Pnad 2014. Foram contabilizadas 57,2 milh�es resid�ncias com abastecimento h�drico no per�odo – um aumento de 3,5 % em rela��o ao ano anterior. O n�mero de casas com esgoto tratado tamb�m cresceu em 1,2 milh�o. A propor��o de casas com a rede coletora passou de 63% em 2013 para 63,5% em 2014. O percentual de casas com energia el�trica tamb�m cresceu, passando de 99,6% para 99,7% – n�mero � 1,9 milh�o superior ao do ano anterior.


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