
Os lojistas e organizadores prometem descontos de at� 80%, mas os �rg�os de defesa do consumidor d�o algumas dicas importantes para evitar compras por impulso. O coordenador do Procon da Assembleia de Minas Gerais (Procon-MG), Marcelo Barbosa, chama aten��o para que o consumidor n�o se impressione com as ofertas anunciadas, desconhecendo a realidade do pa�s, que envolve infla��o e juros elevados, desemprego e queda da renda. Sem esse cuidado, ele correr� os riscos do endividamento desmedido. Outro alerta � para as possibilidades de fraude, que j� ocorreram em edi��es anteriores.
De acordo com o Procon Assembleia, houve den�ncias de que lojistas elevaram os pre�os �s v�speras da Black Friday para, no dia da promo��o, voltarem a praticar as tabelas normais, fazendo o consumidor acreditar que faria um bom neg�cio durante a campanha. Ocorreram, tamb�m, casos de sites que n�o mudam os pre�os, mas anunciam grandes descontos. Por essas e outras trapa�as, muita gente passou a chamar o evento, no caso do varejo on-line brasileiro, de “Black Fraude”.
Se a op��o for pela compra parcelada, ela deve ser feita sem comprometer o or�amento nem gerar um quadro de inadimpl�ncia. O perigo � entrar na empolga��o das ofertas, que podem nem ser reais, e s� perceber o gasto sem precauc�o, quando chega a fatura do cart�o de cr�dito. Maria In�s Dolci, coordenadora institucional da Associa��o Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste, destaca que o consumidor precisa monitorar os pre�os do produto desejado, durante pelo menos uma semana antes da Black Friday.
“Para fazer um bom neg�cio, com a certeza de que o pre�o anunciado no dia 27 valer� a pena, o consumidor tem que comparar o pre�o ofertado no dia da promo��o �quele cobrado anteriormente pelas lojas. � recomend�vel, ainda, comparar as ofertas de sites de v�rios fornecedores do mesmo produto para confront�-las”, afirma. O conhecimento pr�vio das caracter�sticas, modelos e fun��es da mercadoria desejada � essencial.
O jornalista Renato Sim�o nunca fez compras na Black Friday brasileira, mas pretende estrear este ano, em busca de uma smartv e um aparelho celular. “J� sei as marcas e os modelos dos produtos. Estou acompanhando o valor no mercado h� seis meses e s� vou comprar se os descontos realmente compensarem”, conta. A propens�o dele a fazer a d�vida est� associada a descontos na casa de R$ 400.
Outra dica importante para o consumidor � evitar os hor�rios de maior acesso aos sites, lembra o coordenador do Procon-MG. A despeito do congestionamento esperado na rede mundial e da rapidez na hora de fechar a compra, os cuidados b�sicos n�o devem ser esquecidos: ler sobre os prazos de entrega, formas de pagamento, pol�tica de troca e frete, especialmente. “Caso n�o esteja seguro, o consumidor deve tentar se comunicar com a empresa por telefone ou mesmo usando o servi�o de atendimento on-line”, recomenda Marcelo Barbosa.
Outras provid�ncias s�o imprimir todas as folhas de contrata��o, em especial as que falam do pre�o, forma de pagamento, caracter�sticas do produto e previs�o de data para entrega, al�m, � claro, de exigir a nota fiscal, o principal documento a favor do consumidor em caso de reclama��o. “A hora do almo�o, depois das 18 horas e por volta da meia-noite s�o os piores momentos para comprar. A alta procura pode dificultar a conclus�o do neg�cio”, diz. Para se proteger, os internautas n�o devem fazer compras em sites desconhecidos ou suspeitos. � necess�rio pesquisar a reputa��o da loja, conferir telefone e endere�o f�sico, al�m de verificar a legitimidade do neg�cio, observando indicadores de seguran�a nas p�ginas virtuais.