S�o Paulo, 24 - Neste Natal, o brasileiro pisou no freio e mudou radicalmente o h�bito de consumo: vai gastar menos do que na mesma data do ano passado, elegeu as lojas virtuais como o principal lugar de compras e pretende antecipar para a Black Friday, a megaliquida��o marcada para sexta-feira, a aquisi��o de eletroeletr�nicos, com o objetivo de aproveitar os descontos.
Este ano, quase dois ter�os dos mil consumidores (63%) ouvidos pela consultoria Deloitte na sua pesquisa anual sobre os h�bitos de consumo no Natal informaram que pretendem desembolsar menos do que no ano anterior. Desde que o levantamento come�ou a ser feito, em 2010, o resultado � o maior da s�rie no quesito redu��o de compras.
O corte nos gastos � generalizado e atinge todas as classes sociais, sendo mais acentuado nos estratos de menor renda: 72% nas classes D/E, 64% na classe C e 56% nas classes A/B. "O consumidor brasileiro est� muito consciente da situa��o econ�mica", diz Reynaldo Saad, s�cio l�der da consultoria e respons�vel pela pesquisa. Ele observa que o resultado reflete o momento de recess�o, que � completamente diferente do que ocorreu em 2011, no auge do consumo. No Natal daquele ano, 28% pretendiam desembolsar mais que no ano anterior, enquanto 39% pretendiam desembolsar a mesma quantia. "Agora, o quadro � inverso."
O gasto m�dio com presentes de Natal neste ano ser� de R$ 377,05, ante R$ 459,85 em 2014. O corte no desembolso � de 18%, descontada a infla��o do per�odo. Al�m disso, o n�mero de presentes por pessoa, que historicamente sempre foi seis, caiu neste ano para cinco.
Saad explica que, de acordo com modelos usados pela consultoria, a estimativa � de que o consumo de itens no per�odo de Natal, seguindo a classifica��o do IBGE do varejo restrito, que n�o inclui ve�culos e materiais de constru��o, atinja R$ 53 bilh�es em dezembro, R$ 1,5 bilh�o a menos que em 2014.
Black Friday
A maior propens�o de buscar descontos � n�tida quando se avalia a inten��o de compras na Black Friday. Neste ano, 20% dos entrevistados informaram que v�o antecipar as compras de Natal para a megaliquida��o, resultado que � mais que o dobro do ano anterior (9%).
Uma novidade � que, pela primeira vez, o com�rcio online lidera o ranking dos canais de compra (72%), seguido pelas lojas de shoppings (54%) e lojas de departamentos (43%). "A prefer�ncia pela internet foi registrada nas classes A, B e C", diz Saad.
Segundo ele, as lojas online despontam como o lugar de compras preferido por dois motivos. O primeiro � a facilidade de comparar pre�os, o que ganha �nfase no quadro recessivo. O segundo motivo � a faixa et�ria dos entrevistados: 77% deles t�m at� 30 anos e cresceram usando computador. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.