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Estado de Minas

Divis�o no Copom surpreende e eleva chance de alta da Selic, diz economista


postado em 25/11/2015 21:19

S�o Paulo, 25 - Os votos divididos da decis�o desta quarta-feira, 25, do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) - seis pela manuten��o da Selic e dois pela eleva��o - foram surpreendentes. O coment�rio foi feito pelo economista s�nior do banco Haitong, Fl�vio Serrano. Segundo ele, a divis�o entre os diretores eleva as chances de o Banco Central subir a Selic no pr�ximo encontro, em janeiro.

"A decis�o pegou a gente de surpresa. Esper�vamos a manuten��o da Selic em 14,25% hoje, como ocorreu, e n�o acredit�vamos que a alta de juros poderia ocorrer mais � frente. Agora, aumentou muito a chance de eleva��o j� no come�o do pr�ximo ano", avaliou.

Para Serrano, a divis�o de votos na reuni�o de hoje foi motivada pela piora das expectativas de infla��o. "No relat�rio Focus, a infla��o para 2016 vem piorando. Ela j� passa de 6,50%", destacou. De fato, no documento divulgado na segunda-feira, a mediana do mercado para o IPCA de 2016 passou de 6,50% para 6,64%.

Serrano chamou a aten��o ainda para o fato de, no comunicado de hoje, o Copom ter exclu�do o trecho que citava a manuten��o da Selic no atual patamar "por um per�odo prolongado". Isso refor�a a leitura de que o BC pode elevar a Selic mais � frente.

O impacto tende a ser percebido no mercado de juros futuros nesta quinta-feira, 26. "Na sess�o de hoje, t�nhamos precificado zero de chances de alta da Selic agora e 150 pontos-base para as pr�ximas tr�s reuni�es. Mas a probabilidade para a pr�xima reuni�o tende a aumentar", comentou Serrano.

Segundo ele, as taxas dos contratos futuros de juros com prazos mais curtos (at� janeiro 2017) devem subir. Na ponta mais longa da curva a termo, o movimento esperado seria de baixa - mas isso depender� do cen�rio macro como um todo, bastante contaminado pelos desdobramentos da Opera��o Lava Jato e influenciado tamb�m pelo exterior. (Fabr�cio de Castro - [email protected])

Opus

A decis�o de dois diretores do Banco Central de defenderem a alta da Selic de 0,50 ponto porcentual na reuni�o do Copom parece sinalizar que h� s�rios riscos de as expectativas ficarem desancoradas diante do quadro inflacion�rio, comentou ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, Jos� M�rcio Camargo, professor da PUC-RJ e economista-chefe da Opus Gest�o de Recursos. O Copom manteve os juros em 14,25% ao ano, por seis votos, mas dois foram favor�veis � eleva��o para 14,75%.

"O mercado entender� que o Banco Central colocou um vi�s de alta para os juros para a pr�xima reuni�o de janeiro", destacou Camargo, que avalia n�o estar clara qual ser� a posi��o do Copom no primeiro encontro de 2016. "Os dois diretores que votaram a favor da eleva��o da Selic precisar�o convencer os outros dirigentes do BC sobre suas avalia��es. O BC est� certo em ter foco exclusivo no combate � infla��o, apesar da forte retra��o do n�vel de atividade."

Tend�ncias Consultoria

Na avalia��o da economista e s�cia da Tend�ncias Consultoria Integrada Alessandra Ribeiro, os dois votos favor�veis � eleva��o da Selic foram a grande novidade da reuni�o deste m�s do Copom, mas ainda assim � cedo para apostar em um novo movimento de alta dos juros no Pa�s.

"Aquele termo do BC vigilante pode se traduzir em alta dos juros, mas ainda � cedo para falar que isso ocorrer� na pr�xima reuni�o, em janeiro. Por�m, as evid�ncias ficam mais fortes", disse.

Ainda assim, a economista mant�m a proje��o de estabilidade da Selic durante boa parte do ano de 2016, mas reconhece que os riscos para suas perspectivas aumentaram. "A trajet�ria de juros vai depender da ancoragem das expectativas inflacion�rias para 2017", complementou.


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