
Com a vit�ria no certame, a companhia mineira mant�m sob seu dom�nio a usina de Tr�s Marias, na Regi�o Central do estado, e outras importantes unidades, como Salto Grande, no Vale do Rio Doce. As duas t�m capacidade de gera��o de 396MW e 102MW, respectivamente. Pela proposta, a opera��o ser� feita mediante receita anual de R$ 498,69 milh�es, des�gio de 1% ante o teto estabelecido pela ag�ncia reguladora.
Das 18, a Cemig construiu 14 ao longo das �ltimas d�cadas. Outras quatro (Erv�lia, Coronel Domiciano, Sinceridade e Neblina) entram no rol de ativos da empresa, o que representa acr�scimo de 50MW no parque gerador. Segundo o presidente da Cemig, Mauro Borges, a vit�ria no leil�o “permite que a empresa volte a planejar com seguran�a o seu futuro”. O resultado, diz ele, permite � empresa “avan�ar em dire��o �s novas fronteiras tecnol�gicas do setor de energia, dentro e fora do Brasil”.
Outras tr�s companhias energ�ticas (CPFL Renov�veis, Energisa e cons�rcio Energia Livre) tinham se habilitado para concorrer com a estatal mineira na disputa pelas 18 usinas, mas n�o foram feitos outros lances al�m do da Cemig. Os contratos de concess�o t�m prazo de 30 anos.
Chineses O lote E, cuja outorga totalizou R$ 13,8 bilh�es, foi arrematado pela companhia China Three Gorges, propriet�ria da maior hidrel�trica do mundo – Tr�s Gargantas, na China. Com isso, a empresa fica respons�vel pela opera��o das usinas de Jupi� e Ilha Solteira, no Rio Paran�, antes operadas pela paulista Cesp. Neste caso, n�o houve des�gio.
O percentual de redu��o do valor m�ximo da receita anual em rela��o ao teto estipulado pelo governo foi baixo. Em outros termos, isso significa que diminui o impacto do leil�o na redu��o das tarifas – des�gio maior reduziria mais os valores pagos pelos consumidores. O maior des�gio se deu no lote A, arrematado pela Celg Gera��o e Transmiss�o (13,58%). O des�gio m�dio foi de 0,32%, resultando em pre�o m�dio da energia de R$ 124,88/MWh, segundo o Minist�rio de Minas e Energia.
O valor a ser pago pelas companhias ao governo em dezembro (R$ 11 bilh�es) vai contribuir para refor�ar o caixa do governo federal, aliviando um pouco o ano or�ament�rio da Uni�o. “A expectativa foi cumprida. Praticamente n�o houve disputa. O governo tinha uma meta de arrecadar dinheiro e isso foi feito, mas energeticamente n�o altera muito. O momento (da economia) era desfavor�vel”, afirma o diretor da CMU, comercializadora de energia, Walter Fro�s.
