Com a alta d�lar, as despesas de brasileiros no exterior ca�ram 52,67% em outubro deste ano, em rela��o a igual m�s de 2014. As despesas somaram US$ 1,002 bilh�o em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (26). Nos dez meses do ano, as despesas ficaram em US$ 15,141 bilh�es, com retra��o de 30,21% em rela��o ao per�odo de janeiro a outubro do ano passado.
As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 453 milh�es, em outubro, e em US$ 4,786 bilh�es, no acumulado de dez meses. Com esses resultados, o d�ficit na conta de viagens internacionais, formada por despesas de brasileiros no exterior e receitas de estrangeiros no Brasil, ficou em US$ 549 milh�es, em outubro, e em US$ 10,355 bilh�es, os menores resultados para os per�odos, na s�rie hist�rica inciada em 2010.
As viagens internacionais fazem parte da conta de servi�os, que tamb�m tem dados de receitas e despesas com transportes, seguros, servi�os financeiros, aluguel de equipamentos, entre outros. Segundo o chefe adjunto do Departamento Econ�mico do BC, Fernando Rocha, os servi�os s�o um dos itens da conta total de transa��es do Brasil com o exterior, que est�o apresentando saldo negativo menor este ano. O d�ficit desse segmento em outubro ficou em US$ 2,799 bilh�es, o menor para meses de outubro, na s�rie hist�rica.
Esse saldo negativo menor das transa��es com o exterior � influenciado pela alta do d�lar, o que torna mais favor�vel a venda de produtos e oferta de servi�os de brasileiros no exterior e mais caro comprar de estrangeiros. De acordo com Rocha, o resultado das transa��es brasileiras com o exterior tamb�m � influenciada pela queda na atividade econ�mica.
Em outubro, o super�vit comercial (exporta��es maiores que as importa��es) ficou em US$ 1,879 bilh�o, contra o d�ficit de US$ 1,481 bilh�o, registrado em igual m�s de 2014. De janeiro a outubro deste ano, o super�vit comercial ficou em US$ 10,705 bilh�es, ante o saldo negativo de US$ 3,898 bilh�es registrados em igual per�odo de 2014.
Na conta de renda prim�ria (lucros e dividendos, pagamentos de juros e sal�rios), o d�ficit ficou em US$ 3,523 bilh�es, em outubro, e em US$ 34,142 bilh�es, em dez meses. A conta de renda secund�ria (renda gerada em uma economia e distribu�da para outra, como doa��es e remessas de d�lares, sem contrapartida de servi�os ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 277 milh�es, no m�s, e de US$ 2,047 bilh�es, no resultado acumulado.
No total, as compras e as vendas de mercadorias e servi�os do pa�s com o mundo, as chamadas transa��es correntes, ficou negativa em US$ 4,166 bilh�es, em outubro, e acumulou US$ 53,474 bilh�es, nos dez meses do ano. Esses resultados de 2015 s�o os menores da s�rie hist�rica do BC.
Quando o pa�s tem d�ficit em conta-corrente, ou seja, gasta al�m da renda do pa�s, � preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no pa�s (IDP), recursos que entram no Brasil e v�o para o setor produtivo da economia, � considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. Tanto em outubro (US$ 6,712 bilh�es), quando no acumulado de dez meses (US$ 54,923 bilh�es), o IDP foi suficiente para cobrir o d�ficit em transa��es correntes.