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Estado de Minas

Ind�stria cal�adista brasileira tem perspectiva de recupera��o de exporta��es


postado em 30/11/2015 09:49

Porto Alegre, 30 - A ind�stria cal�adista brasileira vai terminar o ano com queda nas exporta��es, mas com a perspectiva de verificar uma recupera��o dos embarques a partir de janeiro, motivada pelos efeitos da desvaloriza��o do real. A expectativa positiva para 2016, por�m, n�o se estende ao com�rcio com a Argentina. De acordo com o presidente da Associa��o Brasileira de Cal�ados (Abical�ados), Heitor Klein, levar� pelo menos dois anos para que a atitude do presidente eleito argentino, Mauricio Macri - mais inclinado ao liberalismo econ�mico -, beneficie os exportadores.

"Num primeiro momento, a situa��o n�o deve melhorar, talvez fique at� mais dif�cil do que est� hoje, porque certamente o novo governo vai aplicar medidas fortes de ajuste fiscal, inclusive assumindo uma desvaloriza��o do peso argentino com rela��o ao d�lar. Isso vai fazer com que as exporta��es (de produtos para a Argentina) fiquem mais caras e, portanto, diminuam de volume", explicou. J� no m�dio e no longo prazo, a percep��o � de que haver� um ambiente de neg�cios favor�vel. "Por ideologia pol�tica e econ�mica, Macri representa um governo mais liberal, portanto n�o afeito a pr�ticas que t�m imposto barreiras muito fortes ao com�rcio entre os dois pa�ses."

O setor cal�adista � um dos mais interessados na melhoria da rela��o com o pa�s vizinho. A Argentina �, historicamente, o segundo maior destino das exporta��es brasileiras de cal�ados - fica atr�s somente dos Estados Unidos. S� que, nos �ltimos anos, o Brasil perdeu um espa�o valioso no mercado argentino.

Segundo Klein, at� o in�cio desta d�cada o Brasil fornecia 70% dos cal�ados importados pela Argentina. Os outros 30% do mercado eram abocanhados por China e Vietn�. De l� para c�, esta propor��o se inverteu. Hoje, ele diz, 70% dos cal�ados importados pelos argentinos saem da �sia e 30% do Brasil. Os empres�rios daqui reclamam que o problema n�o est� apenas nos baixos custos de produ��o dos chineses ou na trajet�ria de valoriza��o do real no passado recente - que tornou a mercadoria brasileira mais cara. Eles alegam que o n�vel de exig�ncia � maior quando se trata do produto brasileiro, alvo das chamadas "barreiras t�cnicas" adotadas no governo de Cristina Kirchner.

De acordo com o Klein, s� neste ano as exporta��es de cal�ados do Brasil para a Argentina ca�ram 20%. No acumulado de janeiro a outubro, os embarques somaram US$ 60 milh�es, ante US$ 74 milh�es no mesmo per�odo do ano passado. As exporta��es globais do setor recuaram 12% na mesma base de compara��o - US$ 766 milh�es em 2015 contra US$ 874 milh�es de 2014.

"Estamos caindo em todos os mercados, com exce��o de exemplos pontuais como a Bol�via e os Emirados �rabes, que aumentaram as compras", disse. Ele afirmou que a diminui��o nas vendas ao exterior, praticamente linear, deve-se � valoriza��o da moeda brasileira nos �ltimos anos. "Esse fen�meno da desvaloriza��o do real � recente, a negocia��o internacional toma tempo para produzir algum impacto. Isso poder� ocorrer em janeiro de 2016, quando come�am os embarques que correspondem � temporada primavera-ver�o, cuja negocia��o ocorreu nos meses de julho e agosto de 2015."

No caso da Argentina, ser� necess�rio ter paci�ncia. "L� para frente, daqui a dois ou tr�s anos, poderemos ter uma retomada no crescimento desse com�rcio", resumiu Klein. Ele defende que, hoje, prever algo al�m disso seria pura especula��o.


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