Bras�lia, 30 - O chefe adjunto do Departamento Econ�mico do Banco Central, Fernando Rocha, revelou nesta segunda-feira, 30, que a proje��o da institui��o para a D�vida L�quida do Setor P�blico (DLSP) em rela��o ao Produto Interno Bruto (PIB) em novembro � de 34,3%. Em outubro, essa rela��o ficou em 34,2%.
No caso da D�vida Bruta ante o PIB, a estimativa da institui��o para este m�s � de uma taxa de 66,7%. A expectativa � bem maior do que a de setembro, quando ficou em 66,0% e do que a de outubro 66,1%. De acordo com Rocha, foi usado como par�metro para estas previs�es um c�mbio a R$ 3,85, praticamente igual ao de outubro de 2015, quando a refer�ncia era cota��o do d�lar a R$ 3,858.
No caso da d�vida bruta, ele destacou que o PIB � uma vari�vel significativa e que tamb�m foram usadas outras informa��es de sensibilidade utilizadas para a d�vida l�quida, como c�mbio, juros, infla��o, "al�m dos resultados correntes do per�odo".
C�mbio
De acordo com Rocha, cada 1% de deprecia��o do c�mbio implica uma redu��o de 0,2 ponto porcentual da d�vida liquida em rela��o ao PIB. Em reais, cada 1% de deprecia��o do c�mbio equivale a uma redu��o de R$ 12 bilh�es da d�vida.
Com rela��o � taxa de juros, um aumento de 1 ponto porcentual na Selic por um per�odo de 12 meses significa um aumento na d�vida liquida da ordem de 0,32 ponto porcentual, ou R$ 16,7 bilh�es. Rocha informou ainda que um aumento de 1 ponto porcentual no �ndice de pre�os, mantido por 12 meses, implica um aumento de 0,14 ponto porcentual na d�vida l�quida em rela��o ao PIB, ou o equivalente a R$ 8,6 bilh�es.
Rocha disse que a aprecia��o do c�mbio no m�s de outubro provocou aumento da rela��o d�vida l�quida em rela��o ao PIB. J� a d�vida bruta, com 66,1% do PIB, foi a maior da s�rie, iniciada em dezembro de 2006, segundo informou o t�cnico.
13� sal�rio
Durante a entrevista � imprensa para comentar o resultado do setor p�blico de outubro, o chefe adjunto do Departamento Econ�mico do Banco Central afirmou que o d�ficit prim�rio de R$ 11,5 bilh�es foi impactado pelo adiamento de uma parcela do 13� sal�rio. O governo federal adiou esses repasses de setembro para outubro. "Este resultado de uma piora de outubro � uma contra partida de uma melhora de setembro", disse.
Conta de juros
Rocha salientou tamb�m que o ganho da institui��o com leil�es de swaps cambiais fez a conta de juros diminuir em outubro ante setembro. Como a institui��o j� havia antecipado, o lucro com essas opera��es foi de R$ 19,03 bilh�es.
"Foi uma redu��o significativa", comparou Rocha, citando as despesas com juros de R$ 69,993 bilh�es em setembro e de R$ 17,884 bilh�es no m�s passado. Em setembro, de acordo com ele, o real se depreciou 8,9% o que causou perda de R$ 38,6 bilh�es com opera��es de swap.
J� em outubro, houve aprecia��o de 2,87% do real e isso transformou o resultado de swaps de ganho de R$ 19 bilh�es. "Logo, essa varia��o de R$ 57,6 bilh�es � o principal fator da redu��o do pagamento de juros em outubro", calculou. Segundo ele, o resultado da conta de juros de outubro � o melhor para o m�s desde 2013.
O t�cnico destacou o "importante" super�vit prim�rio realizado pelos governos regionais nos primeiros dez meses do ano (R$ 17,143 bilh�es) ante R$ 5,319 bilh�es de igual per�odo do ano passado.
Rocha disse ainda que, no acumulado ano, as despesas com juros no valor de R$ 426,203 bilh�es � o pior resultado para os dez meses de qualquer ano da s�rie do BC, iniciada em dezembro de 2001. Da mesma forma, de acordo com ele, o resultado prim�rio � o pior para esse per�odo, levando o d�ficit nominal tamb�m a ser o maior da s�rie.
Al�m disso, tanto o d�ficit nominal de outubro, quanto o acumulado em 12 meses at� outubro s�o os piores da s�rie da institui��o.
Para o representante do BC, a "deprecia��o significativa" do real tamb�m levou ao aumento expressivo da conta de juros de 2014 para 2015. No ano passado, at� outubro, as despesas com essa conta somaram R$ 230,651 bilh�es e, em igual per�odo de 2015, disparou para R$ 426,203 bilh�es. "O aumento de R$ 195,6 bilh�es tem como parte mais relevante as perdas com swap cambial no per�odo, embora tenhamos tido ganho em outubro com a deprecia��o bastante significativa do real", disse.