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Estado de Minas

Queda mais forte em importa��es faz setor externo dar contribui��o positiva a PIB


postado em 01/12/2015 11:19

Rio, 01 - A queda mais intensa nas importa��es acabou permitindo que o setor externo desse contribui��o positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2015, afirmou nesta ter�a-feira, 1� de dezembro, Claudia Dion�sio, gerente de Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Esse recuo tem liga��o direta com a desvaloriza��o do real ante o d�lar e tamb�m com a queda na renda das fam�lias brasileiras, explicou a especialista.

Segundo o IBGE, o c�mbio sofreu uma desvaloriza��o de 56% na m�dia do terceiro trimestre deste ano em rela��o a igual per�odo do ano passado. "A desvaloriza��o cambial e a (queda na) renda foram importantes para o recuo nas importa��es", disse Claudia.

No terceiro trimestre de 2015, as importa��es recuaram 6,9% em rela��o ao segundo trimestre. As exporta��es tamb�m recuaram (-1,8%) por conta dos servi�os, mas a queda foi menos intensa. � essa combina��o que gera a contribui��o positiva, explicou a gerente.

Na compara��o com o terceiro trimestre de 2014, por sua vez, as importa��es recuaram 20,0%, enquanto as exporta��es subiram 1,1%. Segundo Claudia, a queda nas importa��es mostra tamb�m que a demanda por investimentos est� fraca. Um dos produtos que est� contribuindo negativamente para o resultado s�o m�quinas e equipamentos vindos de fora.

"Temos demanda interna mais fraca e podemos ver que h� queda na produ��o de m�quinas e equipamentos e nas importa��es. Com desvaloriza��o cambial, tamb�m fica mais caro comprar m�quina de fora, o que desfavorece investimento", disse a gerente do IBGE.

Ind�stria de transforma��o

O recuo de 3,1% na ind�stria da transforma��o no terceiro trimestre do ano ante o trimestre imediatamente anterior puxou o recuo de 1,3% no PIB da ind�stria no per�odo, segundo Claudia Dion�sio. "A ind�stria da transforma��o teve a maior queda (dentro da ind�stria)", apontou.

O resultado geral s� n�o foi pior porque houve avan�o na produ��o e distribui��o de eletricidade, g�s e �gua. A pesquisadora do IBGE explicou que o Pa�s registrou um n�mero maior de usinas t�rmicas ligadas durante o primeiro semestre, o que resulta num custo maior para a produ��o de energia el�trica.

"Em agosto, desligaram algumas usinas t�rmicas, e com isso a gente teve uma economia. A energia ficou mais barata para produzir. Se o custo diminuiu, o valor adicionado ficou maior", justificou ela. Ainda dentro do PIB industrial, a constru��o civil registrou recuo de 0,5% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, enquanto a extrativa mineral teve queda de 0,2%.

Ind�stria extrativa mineral

A alta de 4,2% na ind�stria extrativa mineral no terceiro trimestre de 2015 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi puxada pelo crescimento tanto da extra��o de petr�leo e g�s quanto de min�rio de ferro no per�odo, segundo Claudia Dion�sio. "Tanto petr�leo e g�s quanto min�rio de ferro come�aram o ano com um crescimento um pouco maior, mas teve uma desacelera��o", disse.

A extrativa mineral crescia a dois d�gitos nos �ltimos dois trimestres de 2014. No primeiro trimestre de 2015, a alta chegou a 12,5% em rela��o ao mesmo trimestre do ano anterior. A taxa de crescimento do segundo trimestre, por�m, arrefeceu para 8,2%. "Petr�leo pesa mais (na extrativa)", afirmou a pesquisadora.

Volume de impostos

O volume de impostos arrecadados recuou 8,3% no terceiro trimestre de 2015 em rela��o a igual per�odo do ano passado, informou o IBGE. "Isso se deve ao volume menor de produtos (comercializados). Isso afeta, mesmo que al�quota permane�a igual", explicou Claudia Dion�sio.

Segundo a especialista, os tributos que mais afetaram o resultado foram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cuja queda na arrecada��o � fortemente atrelada ao recuo de 11,3% no PIB da ind�stria de transforma��o no terceiro trimestre de 2015 ante igual per�odo de 2014, e o imposto sobre importa��es. De acordo com o IBGE, as importa��es de bens e servi�os recuaram 20% nesta compara��o.


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