S�o Paulo, 02 - Em relat�rio divulgado nesta ter�a-feira, 1, o banco de investimento americano Goldman Sachs tra�ou para o Brasil um cen�rio que ele mesmo qualificou como "sombrio", dada a profundidade e a rapidez da deteriora��o econ�mica que se instalou no Pa�s.
"O ano que come�ou com uma recess�o e a necessidade de ajustes, gra�as ao ac�mulo de grandes desequil�brios macroecon�micos, agora se transforma em uma franca depress�o econ�mica", escreveu, logo no texto de abertura, Alberto Ramos, diretor do Grupo de Pesquisas Econ�micas para Am�rica Latina do Goldman Sachs.
Segundo o relat�rio, a depress�o da economia est� bem caracterizada na forte retra��o do consumo interno. Seis dos �ltimos oito trimestres registraram forte contra��o da demanda e a tend�ncia, projeta Ramos, � que essa retra��o ocorra n�o apenas no �ltimo trimestre deste ano, mas tamb�m entre pelo pr�ximo ano.
O relat�rio, intitulado "Brasil: evoluindo de uma profunda recess�o para uma depress�o econ�mica", destaca que o resultado para o Produto Interno Bruto PIB) no terceiro trimestre "surpreendeu negativamente" e contribuiu para a piora das expectativas. O banco projeta uma queda de 3,6% para o PIB neste ano, acompanhada de uma forte contra��o de 6% na demanda interna. Para 2016, a estimativa � que o PIB sofra nova queda, de 2,3%.
Na avalia��o de Ramos, a economia brasileira vai penar com uma conjun��o de "fortes ventos contr�rios", vindo de todas as dire��es.
A perspectiva, segundo Ramos, � que o brasileiro enfrente arrocho no cr�dito, infla��o alta, deteriora��o do mercado de trabalho, aumento de tarifas p�blicas e de impostos, o que tende a elevar o endividamento das fam�lias. Paralelamente, a expectativa � de estabilidade no pre�o internacional das (commodities) mat�rias-primas e de fraca demanda externa, o que dificulta a retomada da economia dom�stica via aumento das exporta��es e deve elevar o n�vel de estoques nas empresas - em especial nas ind�strias. Tudo isso acompanhado do aumento da incerteza pol�tica e uma generalizada falta de confian�a, tanto dos consumidores para ir �s compras, quanto dos empres�rios em rela��o ao desempenho de seus neg�cios. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.