
Ao longo do dia, o Ibovespa chegou a subir 4,93%. Entre as 63 empresas que comp�em o �ndice, apenas sete recuaram ao longo do dia. Entre as maiores altas, est�o as a��es da Petrobras PN, com eleva��o de 7,05%, acompanhada dos pap�is ordin�rios do Banco do Brasil (7,98%) e do Ita� Unibanco (5,83%). A maior alta foi da a��o ordin�ria do BB Seguridade (8,43%). Com a retomada, o Ibovespa recupera as perdas acumuladas ao longo da semana. O �ndice abriu a semana somando 45.872, registrou tr�s recuos consecutivos entre segunda e quarta e voltou a subir ontem. Com isso, a eleva��o � de 1,13%. Ao todo, R$ 7,86 bilh�es foram negociados ontem.
Na abertura do mercado, o d�lar comercial era cotado a R$ 3,818. Com a forte desvaloriza��o, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 3,739, tendo fechado o dia a R$ 3,749. � a terceira queda consecutiva na cota��o. No c�mbio turismo, o impacto foi parecido. O d�lar iniciou o preg�o cotado a R$ 4,01. Ao longo do dia, chegou a ser vendido a R$ 3,89 e fechou a R$ 3,95, recuo de 1,5%. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o d�lar caiu sobre 19. A divisa americana tamb�m perdeu for�a contra nove das dez mais importantes moedas globais, entre elas o euro, o iene, o franco su��o e a libra esterlina.
Al�m da quest�o relativa ao processo de impeachment da presidente Dilma, a aprova��o no dia anterior do projeto que libera o d�ficit fiscal de R$ 119,9 bilh�es neste ano tamb�m influenciou o comportamento do mercado. Com o aval do Congresso, o governo n�o ter� que efetuar novo corte sobre o or�amento da Uni�o. A previs�o era de corte de R$ 10,7 bilh�es.
Surpresa O professor de finan�as do Ibmec, Ricardo Couto, se diz surpreso com o efeito da decis�o de aceita��o do pedido de impeachment sobre o mercado financeiro. “Nos dias do boato sobre a sa�da do (ministro da Fazenda, Joaquim) Levy, houve rea��o com o nome do (Henrique) Meirelles muito parecido com que a gente v� hoje (ontem)”. A avalia��o do professor � de que a percep��o do mercado � que a poss�vel sa�da da presidente Dilma acelere a possibilidade de melhora da economia. “T�nhamos um cen�rio em que a probabilidade de perman�ncia no cargo era de 100%. Hoje � 99% para ela ficar e 1% para o (Michel) Temer“, afirma Couto. Segundo o professor, poss�veis altera��es nos rumos da presid�ncia da Rep�blica e no comando da C�mara s�o considerados fatos novos para o jogo pol�tico e isso pode ser visto como favor�vel para destravar a economia.
A avalia��o de Couto � que com a possibilidade de cassa��o dos dois pol�ticos s�o tra�ados quatro cen�rios: a sa�da de um ou de outro; de ambos e a perman�ncia dos dois. Para ele, o pior cen�rio � a perman�ncia dos dois sem di�logo entre eles. “Se eles conseguissem ter algum sincronismo, poder�amos at� ter os dois l�. Sem isso, qualquer um dos outros tr�s cen�rios pode trazer novidade pol�tica para favorecer a economia”, avalia, ressaltando que a longo prazo a tend�ncia � que os n�meros da Bovespa e do c�mbio n�o mantenham a trajet�ria de ontem. E acrescenta: “a longo prazo, o impeachment � muito ruim, por causa da perda de credibilidade”. (Com ag�ncias)