Rio, 07 - A falta de interesse de investidores na transmiss�o de energia e a dificuldade de financiamento s�o os principais desafios para a ind�stria de gera��o de energia e�lica em 2016, segundo a presidente da Associa��o Brasileira de Energia E�lica (Abee�lica), �lbia Gannoum.
"Temos que repensar a transmiss�o do ponto de vista econ�mico-financeiro e regulat�rio", afirmou �lbia, que participa, nesta segunda-feira, 7, de evento promovido pela Funda��o Getulio Vargas Energia (FGV Energia), no Rio. Segundo ela, geradoras de energia e�lica t�m interesse de tirar projetos do papel, mas n�o investem, principalmente, porque n�o h� linha de transmiss�o suficiente para atender � demanda do setor.
As geradoras el�tricas dependem do segmento de transmiss�o para escoar a energia que produzem. Em alguns per�odos, geradoras tiveram que suspender a produ��o por aus�ncia de linhas que permitissem o transporte da eletricidade, disse.
A proje��o, registrada do Plano Decenal de Energia (PDE), � que a participa��o da energia e�lica na matriz energ�tica passe de 6% para 12% de 2014 para 2024. Neste ano, a produ��o deve alcan�ar 8,5 gigawatts (GW) de capacidade, segundo a Abee�lica.
O secret�rio de Planejamento e Desenvolvimento Energ�tico do Minist�rio de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, destacou a import�ncia das energias renov�veis na expans�o da capacidade de gera��o. A previs�o � de crescimento de 7,86 GW por ano. A capacidade deve passar de 133,9 GW em 2014 para 212,5 GW em 2024.
Tamb�m presente ao semin�rio, o diretor da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Amilcar Guerreiro, demonstrou preocupa��o com a gera��o hidrel�trica, entre as diferentes fontes de gera��o. Ele disse que, atualmente, n�o � poss�vel prever se as chuvas v�o acontecer nos per�odos previstos e se v�o garantir que os reservat�rios das hidrel�tricas tenham �gua suficiente para gerar a energia projetada.