S�o Paulo, 09 - A derrocada do pre�o do min�rio de ferro fez com que a commodity perdesse participa��o na balan�a comercial do Pa�s. De 2011 para 2015, a fatia do produto na exporta��o brasileira diminuiu de 16,3% para 7,3% e atingiu o patamar mais baixo desde 2007.
A queda da receita obtida com a exporta��o do min�rio tamb�m � expressiva no per�odo. Nos quatro anos, o recuo apurado foi de US$ 38,1 bilh�es para US$ 12,8 bilh�es, de acordo com dados do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC).
O pre�o do min�rio de ferro cai desde 2011, mas a queda se acentuou recentemente por dois grandes motivos. O primeiro � o aumento da oferta em rela��o � demanda - houve um aumento da produ��o sobretudo das empresas que est�o na Austr�lia. O segundo � fraqueza no crescimento da China, grande importadora do min�rio de ferro.
O Produto Interno Bruto (PIB) da economia chinesa dever� crescer entre 6,5% e 7,0% neste ano, o que � pouco para um pa�s cuja taxa de crescimento chegou a superar 10%.
"A oferta de min�rio est� muito superior � demanda", afirma Jos� Augusto de Castro, presidente da Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (AEB). "Esse descompasso tem provocado um desequil�brio dos pre�os", diz.
Na proje��o da AEB, a exporta��o de min�rio de ferro dever� somar US$ 13,8 bilh�es este ano.
Ex-l�der
At� o ano passado, o min�rio de ferro era o principal item de exporta��o da pauta brasileira, mas, com a queda no pre�o, passou para o segundo lugar. Atualmente, a soja � o principal produto exportado pelo Brasil. "Neste ano, a expectativa � de que a exporta��o de soja em gr�o chegue a quase US$ 21 bilh�es", afirma Castro.
A queda do pre�o do min�rio trouxe um impacto para a balan�a comercial brasileira e contribuiu para que a exporta��o de produtos b�sico recuasse 19,8% entre janeiro e novembro. "Essa queda � ruim porque os super�vits da balan�a comercial s�o proporcionados pelas commodities", diz Castro.
O novo patamar da cota��o da commodity tamb�m afeta o rumo dos neg�cios das mineradoras. Com a queda do pre�o do produto, os projetos acabam se tornando invi�veis financeiramente.
"As empresas de minera��o acabam revisando o tamanho do investimento. Com a queda do pre�o, a rentabilidade diminui bastante", afirma o presidente da AEB.
Em queda
O pre�o do min�rio de ferro dever� continuar recuando no pr�ximo ano. Para a AEB, a cota��o da tonelada dever� ficar em US$ 35 - neste ano, dever� encerrar em US$ 39 a tonelada. "Tudo indica que haver� uma queda de pre�o no ano que vem, embora n�o t�o intensa como a deste ano", diz Castro.
Na avalia��o dele, tamb�m n�o dever� ocorrer um aumento na quantidade exportada de min�rio de ferro. O acidente com a mineradora Samarco, em Minas, por exemplo, deve prejudicar o montante vendido pelo Pa�s. "Pode at� ter queda na quantidade exportada em 2016", afirma. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.