Fazenda diz que Moody's aguardar� desdobramentos do or�amento de 2016

Bras�lia, 10 - Mais de 24 horas depois de a Moody's colocar em revis�o o rating brasileiro, o Minist�rio da Fazenda divulgou nota comentando a decis�o da ag�ncia. Em um recado para o Congresso Nacional - e para parte do governo que defende a redu��o da meta de super�vit prim�rio do ano que vem -, a pasta destaca que a Moody's aguardar� os desdobramentos da proposta or�ament�ria de 2016 para conduzir exerc�cios sobre a trajet�ria de endividamento, um dos pontos considerados na decis�o sobre o rebaixamento da nota brasileira.

"Nesse sentido, os encaminhamentos requerem sacrif�cios e o governo est� engajado em atacar esses problemas, revendo a natureza legal, regulamentar e administrativa das despesas", completa o texto.

A avalia��o � que essa discuss�o cria espa�o para "oportunas e necess�rias" medidas de melhoria do gasto p�blico. A Fazenda lembra que foram anunciadas tamb�m a��es de incremento de receitas em 2016 - muitas pendentes de aprova��o, como a CPMF.

A pasta destaca ainda que a opini�o da Moody's remete �s dificuldades do ambiente pol�tico e da capacidade do governo em implementar medidas que levem a resultados fiscais "consistentes com uma trajet�ria mais positiva de endividamento p�blico. "Segundo a ag�ncia, destaca-se o c�rculo negativo envolvendo o ambiente pol�tico conturbado, que por sua vez impede o progresso da agenda positiva no legislativo, com impacto na economia como um todo", completa.

Para a Fazenda, os desafios para conter a deteriora��o do custo e do endividamento p�blico e para assegurar a consolida��o fiscal, assim como a consequente piora do ambiente econ�mico, impedem a retomada do investimento e da atividade, o que cria riscos ainda maiores para a qualidade do cr�dito soberano. "� importante destacar que, uma vez dissipadas as incertezas quanto � trajet�ria fiscal, � esperado um aumento gradativo da confian�a necess�ria � recupera��o do investimento e ao crescimento econ�mico, com impactos positivos nos indicadores de emprego", acrescenta.

A pasta cita ainda a necessidade de avan�ar nas mudan�as estruturais, como a reforma do ICMS e de unifica��o do PIS/Cofins.