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Estado de Minas

Levy admite que Brasil pode ter nota rebaixada e perder investimentos

Para o ministro da Fazenda, rebaixamento "� que nem campeonato de futebol: se voc� n�o se organiza, n�o consegue ter uni�o, e o resultado � s�rio"


postado em 10/12/2015 19:30

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta quinta-feira (10/12) que o Brasil pode perder o grau de investimento e ter o grau de risco da d�vida externa rebaixado pelas ag�ncias de classifica��o.

“A quest�o do rebaixamento � reflexo da realidade. � que nem campeonato de futebol: se voc� n�o se organiza, n�o consegue ter uni�o, e o resultado � s�rio. Evidentemente, voc� tem que trabalhar e tentar voltar para a divis�o a que voc� acha que pertence”, disse o ministro, ao ser perguntado sobre o tema, ap�s participar de almo�o de fim de ano promovido pela Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban).

No fim da tarde dessa quarta-feira, a ag�ncia Moody's anunciou que mudou para negativa a perspectiva da classifica��o do pa�s. Caso o Brasil seja rebaixado, perder� o grau de investimento, garantia de que o pa�s n�o corre o risco de dar calote na d�vida p�blica. Segundo a Moody's, a incerteza pol�tica, decorrente da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, cria dificuldades para a aprova��o de medidas de redu��o de gastos e aumento de tributos.

Segundo a Moody's, atualmente, a nota do pa�s � Baa3, �ltimo n�vel dentro do grau de investimento. Em setembro, a ag�ncia Standard & Poor's havia exclu�do o Brasil dessa categoria. Caso mais uma ag�ncia rebaixe o pa�s, os fundos de investimento internacionais n�o poder�o mais aplicar recursos no Brasil, ocasionando a fuga de capitais do pa�s.

Levy, no entanto, minimizou os impactos do rebaixamento nas contas p�blicas, mas destacou que o governo n�o encara como “normal” a poss�vel perda do grau de investimento. “A d�vida externa do governo, que � aquela que tem o rating [avalia��o de risco], � relativamente pequena. Uma propor��o de 1/15 das nossas reservas internacionais. Ent�o, n�o h� risco de a gente n�o querer, ou n�o poder, pagar essa d�vida.”

“Por outro lado, a nossa d�vida dom�stica vem crescendo e aponta para a import�ncia de a gente fazer uma s�rie de reformas para permitir ao Brasil ter tranquilidade e voltar a crescer”, acrescentou o ministro. Por isso, Levy defendeu di�logo e uni�o com o Congresso Nacional para garantir a aprova��o das medidas do ajuste fiscal. “Precisamos de unidade, precisamos de todos estarem pensando, em primeiro lugar, no Brasil. Acho que � isso que, neste final de ano, a gente precisa fazer.”

De acordo com Levy, a instabilidade pol�tica tem tido efeitos na economia. “As metas econ�micas est�o sendo altamente influenciadas pelos fatores externos, inclusive, os de natureza pol�tica”, enfatizou o ministro. Levy lembrou que medidas relativas a quest�es tribut�rias t�m de ser votadas ainda este ano para ter efeito a partir de 2016. “Algumas at� de natureza tribut�ria, que t�m o princ�pio da anualidade. E n�s precisamos dar indica��es bastante concretas de que elas v�o ser votadas e decididas at� o final do ano.”

Levy defendeu ainda a��es de car�ter mais estruturante, com a reforma da Previd�ncia e uma fonte de receitas extras tempor�ria. “Para criar a ponte para se chegar � estabilidade fiscal”, explicou o ministro em rela��o � proposta de um novo tributo.


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