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Estado de Minas

Tombini admite que ter� de escrever carta aberta a Levy por infla��o superar 6,5%


postado em 17/12/2015 11:07

Bras�lia, 17 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu pela primeira vez oficialmente que ter� de escrever a carta aberta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por deixar a infla��o superar o teto de 6,5% este ano, descumprindo, assim, as regras do sistema de meta de infla��o. "O regime de metas vem sendo cumprido de 2011 e 2014, nos �ltimos quatro anos", afirmou durante caf� da manh� nesta quinta-feira, 17, com jornalistas, na sede do BC.

O presidente ressaltou que a meta de infla��o de 2015 � de 4,5%, mas que o mercado financeiro (Focus) projeta taxa de 10,61% para o ano. Ele lembrou que o regime de metas contempla o que deve ser feito pelo BC em caso de descumprimento: escrever a carta aberta.

Nesse documento, o BC precisa explicar as raz�es de a meta n�o ter sido atingida, mas medidas que ser�o tomadas e em que prazo isso se dar�.

"J� adiantamos que o grande ajuste de pre�os relativos fez isso, e n�o h� pol�tica monet�ria que compense choques dessa magnitude", afirmou. As raz�es, portanto, que estar�o na carta, de acordo com o presidente, est�o relacionadas com esses choques (em especial administrados e c�mbio).

Tombini lembrou que, at� outubro, o horizonte para a converg�ncia da infla��o para a meta trabalhada pelo BC era 2016. Mas que depois disso passou a dizer que a converg�ncia pra 4,5% passou a ser 2017. "� isso o que vamos perseguir", afirmou.

Para o ano que vem, o presidente disse que o BC ter� de usar as regras de toler�ncia estabelecidas pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), ou seja usar a banda de 2 pontos porcentuais para entregar a infla��o. "Vamos perseguir converg�ncia para 4,5% em 2017 e cumprir objetivo do regime em 2016", resumiu.

Rebaixamento

Menos de 24 horas depois da retirada do grau de investimento do Brasil pela Fitch, o presidente do Banco Central assegurou que o primeiro impacto da decis�o na evolu��o dos fluxos de capitais para o Pa�s tem sido recebido com um "muita tranquilidade" pelos mercados. Tombini informou que o BC est� monitorando em tempo real a movimenta��o dos fluxos de capitais.

Pela primeira vez, o presidente do BC admitiu que a perda do grau de investimento pela segunda ag�ncia j� era esperada. "Essas coisas n�o aconteceram da noite para o dia. Havia um sentimento que isso poderia acontecer. Os mercados j� estavam se preparando para esse possibilidade", afirmou.

Ele indicou que a desvaloriza��o do real de mais de 30% tornaram os investimentos mais baratos para estrangeiros e nacionais. Lembrou que a entrada l�quida de d�lares est� em US$ 10 bilh�es no Pa�s este ano, o que � positivo nas atuais circunst�ncias. "N�o estamos vendo um grande impacto", disse Tombini. Ele ressaltou que a previs�o de ingresso de investimento estrangeiro direto � de US$ 65 bilh�es.


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