Fazenda tem que ter perfil t�cnico e arrojado, diz Levy

Bras�lia, 18 - Em um tom de despedida, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avaliou que independente do comandante, a Fazenda tem que ter um perfil t�cnico e arrojado. O ainda dirigente da Fazenda evitou antecipar sua sa�da. "Ningu�m quer causar constrangimento para o governo, n�o seria natural e n�o haveria raz�o. Eu acho que o que a gente tem que estar fazendo � apontando rumos, tudo que se conseguiu com trabalho conjunto foi come�ar o trabalho de reequil�brio", disse.

Como um balan�o, o ministro afirmou que tudo que foi feito em 2015 j� est� colocando o Brasil num caminho melhor e j� apresenta resultados. "Temos que entender que o Brasil � maior que qualquer discuss�o pol�tica que tenha hoje", disse.

O ministro destacou que teremos uma retomada do crescimento a medida que a presidente torne p�blico em suas inten��es para os pr�ximos tr�s anos.

Otimista, Levy acredita que � poss�vel vencer o desafio da infla��o e avaliou positivamente a a��o do Banco Central, comandado por Alexandre Tombini, ao longo deste ano.

Em resposta ao ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, um dos cotados para assumir a Fazenda numa eventual sa�da de Levy, o atual ministro da Fazenda afirmou que "tem que gastar com investimento, mas tem que pagar o que j� gastou". Na quinta-feira, 17, Barbosa defendeu um gasto maior com investimentos.

Repetro

Ao defender um aprimoramento do marco regulat�rio do setor de �leo e g�s, Joaquim Levy afirmou que uma revis�o do modelo de partilha n�o � o ponto mais importante a ser discutido no momento. Ele n�o apresentou, entretanto, quais seriam suas propostas para o setor.

"Daqui a pouco est� vencendo o Repetro. Temos que conversar sobre o futuro do Repetro para trazer tranquilidade", disse.

O regime aduaneiro especial para pesquisa e lavra das jazidas de petr�leo e de g�s natural busca incentivar empresas estrangeiras - que prestam servi�os para companhias detentoras de concess�o ou autoriza��o para exercer atividades no Brasil - a adquirirem bens, equipamentos, partes e pe�as com benef�cios.

Levy voltou a usar o setor el�trico como exemplo de sucesso. "A gente conseguiu fazer um leil�o significativo sem que as empresas precisassem pedir dinheiro ao BNDES", disse.