Bras�lia, 21 - O senador petista Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em entrevista ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, que vai mobilizar os movimentos sociais para se opor � ado��o da idade m�nima para a aposentadoria. Essa � uma das principais bandeiras do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que toma posse logo mais no Pal�cio do Planalto, em substitui��o a Joaquim Levy. "N�o foi um bom sinal, ele (Barbosa) entrou agora e n�s todos numa expectativa de n�o mexer numa bola dividida que � o direito do trabalhador", criticou.
Na linha da entrevista exclusiva que deu ao Broadcast no s�bado, o novo ministro afirmou nesta segunda-feira, 21, a investidores que deve enviar no in�cio do pr�ximo ano uma proposta que institui a idade m�nima para a aposentadoria, podendo ser atualizada gradualmente conforme a mudan�a demogr�fica da popula��o.
Para o parlamentar do PT, ap�s 15 anos de discuss�es, o Congresso j� fez uma reforma ao adotar a regra 85/95 com uma escada - a soma do tempo de contribui��o e da idade, respectivamente, de mulheres e homens. Para ele, a ado��o da idade m�nima � "pior" do que o fator previdenci�rio. "Espero que n�o seja por a�, vai ter um embate muito duro no Congresso e os movimentos sociais v�o dizer n�o", afirmou, ao destacar que, no f�rum que discute a reforma da Previd�ncia, propostas nesse sentido j� foram rejeitadas por representantes dos aposentados.
"Sou daqueles que tor�o para que (o Barbosa) acerte, mas n�o d� para come�ar de cara na mesma linha do Levy, falando de reforma trabalhista e da previd�ncia", criticou Paim, um dos maiores defensores do direito de aposentados e pensionistas no Legislativo. Ele questionou o fato de o governo n�o propor a taxa��o de grandes heran�as nem reduzir a taxa b�sica de juros da economia.
Para o senador, n�o se pode, "a cada momento de crise", querer colocar a m�o na Previd�ncia Social. Em suas contas, ao contr�rio de quem diz que h� d�ficit, o sistema � superavit�rio em R$ 50 bilh�es e ainda encerra o ano de forma positiva, mesmo com uma desonera��o da folha de pagamento que alcan�a R$ 20 bilh�es em 2015.
Paim disse que os resultados das medidas provis�rias 664 e 665 - que restringiram a forma de pagamento de benef�cios trabalhistas e previdenci�rios - foi p�fio. Ele disse que o ajuste foi "sem vergonha" e n�o recebeu a situa��o das contas p�blicas.